Pesquisadores da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, conseguem recriar a lira de Ur, instrumento sumeriano com 5 mil anos que estava num museu e foi destruído na Guerra do Iraque
Pesquisadores da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, conseguem recriar a lira de Ur, instrumento sumeriano com 5 mil anos que estava num museu e foi destruído na Guerra do Iraque
Pesquisadores da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, conseguiram reproduzir a lira de Ur, tal e qual o instrumento original com quase 5 mil anos, descoberto pelo arqueólogo britânico Leonard Woolley em 1929.
Voluntários de diversas organizações participaram do projeto para recriar o instrumento que foi feito, como o original, em ouro, madeira, pedra e outros materiais. A nova lira já foi testada e aprovada por diversos músicos, tendo participado de concertos como no Festival Internacional de Edimburgo, na Escócia.
Os pesquisadores empregaram uma tecnologia a laser na parte mais complexa da duplicação, as gravuras contidas no corpo do instrumento. O material utilizado para a gravação, madrepérola, é o mesmo da harpa original.
"Essa foi a primeira vez em que se usou laser nesse tipo de material e os resultados foram notáveis. A técnica que usamos costuma ser aplicada apenas a materiais como metais ou plásticos. É fantástico estar envolvido na recriação de um pedaço da história", disse Carmel Curran, pesquisador do Centro de Engenharia a Laser da universidade britânica.
A lyra de Ur foi descoberta no sul do Iraque, no local da antiga cidade de Ur. Estava num museu em Bagdá, até ser destruída em 2003. O instrumento original pertenceu à família real sumeriana e foi encontrado junto com três outros instrumentos musicais, na tumba da rainha Puabi, que teria morrido por volta de 2.600 a.C.
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