Relíquia clonada
01 de agosto de 2005

Pesquisadores da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, conseguem recriar a lira de Ur, instrumento sumeriano com 5 mil anos que estava num museu e foi destruído na Guerra do Iraque

Relíquia clonada

Pesquisadores da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, conseguem recriar a lira de Ur, instrumento sumeriano com 5 mil anos que estava num museu e foi destruído na Guerra do Iraque

01 de agosto de 2005

 

Agência FAPESP - Tal qual uma fênix, um importante tesouro mundial destruído em conseqüência da Guerra do Iraque, em 2003, acaba de ressurgir das cinzas.

Pesquisadores da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, conseguiram reproduzir a lira de Ur, tal e qual o instrumento original com quase 5 mil anos, descoberto pelo arqueólogo britânico Leonard Woolley em 1929.

Voluntários de diversas organizações participaram do projeto para recriar o instrumento que foi feito, como o original, em ouro, madeira, pedra e outros materiais. A nova lira já foi testada e aprovada por diversos músicos, tendo participado de concertos como no Festival Internacional de Edimburgo, na Escócia.

Os pesquisadores empregaram uma tecnologia a laser na parte mais complexa da duplicação, as gravuras contidas no corpo do instrumento. O material utilizado para a gravação, madrepérola, é o mesmo da harpa original.

"Essa foi a primeira vez em que se usou laser nesse tipo de material e os resultados foram notáveis. A técnica que usamos costuma ser aplicada apenas a materiais como metais ou plásticos. É fantástico estar envolvido na recriação de um pedaço da história", disse Carmel Curran, pesquisador do Centro de Engenharia a Laser da universidade britânica.

A lyra de Ur foi descoberta no sul do Iraque, no local da antiga cidade de Ur. Estava num museu em Bagdá, até ser destruída em 2003. O instrumento original pertenceu à família real sumeriana e foi encontrado junto com três outros instrumentos musicais, na tumba da rainha Puabi, que teria morrido por volta de 2.600 a.C.


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