Elaborado por comissão de representantes da Capes e do CNPq, documento indica as necessidades da pesquisa científica no Brasil. O investimento em regiões pouco favorecidas e a formação de recursos humanos em áreas estratégicas do conhecimento são algumas delas
Elaborado por comissão de representantes da Capes e do CNPq, documento indica as necessidades da pesquisa científica no Brasil. O investimento em regiões pouco favorecidas e a formação de recursos humanos em áreas estratégicas do conhecimento são algumas delas
O documento aponta a necessidade de se retomar a reclassificação das áreas do conhecimento, o que deve ser feito de janeiro a julho de 2004. Uma pesquisa realizada entre a comunidade científica verificou que a tabela válida atualmente, editada pelo CNPq em 1984, prejudica o desenvolvimento de novas sub-áreas.
A partir de 1996, surgiram diversas iniciativas de mudanças mas nenhuma teve continuidade. O documento divulgado pela Comissão Mista de Pós-Graduação propõe a criação de um grupo de trabalho constituído por representantes de instituições ligadas a C&T, como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs).
Outra proposta é unificar o banco de dados do CNPq e da Capes para facilitar a articulação entre elas e as agências estaduais de fomento à pesquisa. Está prevista a integração, até dezembro de 2004, das informações disponíveis sobre avaliação da pós-graduação, bolsas, eventos e bancos de dados para a comunidade, entre outras.
O relatório aconselha que as agências federais aumentem em 30% o total de bolsas concedidas para a pós-graduação no país e que permitam a complementação dessas pelas FAPs ou por empresas, desde que o bolsista dedique-se exclusivamente à pesquisa. Para diminuir as distorções regionais, o relatório indica a criação de "um programa piloto de concessão de bolsas novas de doutorado a orientadores credenciados nos cursos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste".
O documento propõe ainda que as ações e os instrumentos das diversas agências sejam voltados ao benefício das regiões menos favorecidas, sem que isso prejudique o desenvolvimento de trabalhos nos locais onde a pesquisa e a pós-graduação estejam consolidadas.
De acordo com o relatório, também é necessário investir na formação de recursos humanos e na inserção de profissionais na comunidade internacional. O objetivo é criar um programa de doutorado no exterior voltado para áreas estratégicas e aproveitar melhor os acordos de cooperação que o Brasil tem com outros países.
Para ler as principais conclusões do relatório clique aqui.
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