Se o plano for aprovado, 1,8 mil toneladas de urânio contaminado serão processados em Kara Balta
(foto:BNFL)
Plano de transportar 1,8 mil toneladas de urânio contaminado para o Leste Europeu é duramente criticado. A opção foi feita, segundo dirigentes da British Nuclear Fuels, porque as instalações de processamento de Kara Balta são uma das poucas no mundo capazes de lidar com o problema
Plano de transportar 1,8 mil toneladas de urânio contaminado para o Leste Europeu é duramente criticado. A opção foi feita, segundo dirigentes da British Nuclear Fuels, porque as instalações de processamento de Kara Balta são uma das poucas no mundo capazes de lidar com o problema
Se o plano for aprovado, 1,8 mil toneladas de urânio contaminado serão processados em Kara Balta
(foto:BNFL)
Segundo a revista New Scientist, a empresa British Nuclear Fuels (BNFL) decidiu transportar 1,8 mil toneladas de urânio contaminado para serem processadas na Ásia Central. A viagem ainda depende da aprovação das autoridades para ocorrer.
A BNFL, dona do lixo nuclear, decidiu levar o material para Kara Balta, uma grande mineradora a 60 quilômetros de Bishkek, capital do Quirguistão. O urânio, a ser transportado por um navio de bandeira alemã, será misturado com grafite. Depois de tratado com ácido e separado novamente, o urânio seguirá de volta para a Grã-Bretanha. Ou seja, o lixo, segundo os dirigentes da BNFL, será reutilizado. O grafite contaminado ficará depositado nas instalações da mineradora quirguiz.
O urânio está sendo embalado para a viagem e estocado em Preston, no noroeste da Inglaterra. O lixo nuclear é fruto do funcionamento, que já dura 50 anos, de um dos primeiros reatores instalados no Reino Unido. O dejeto foi considerado muito tóxico para ficar armazenado no solo, como ocorre com alguns outros tipos de resíduos nucleares.
Conforme a New Scientist, até mesmo o primeiro-ministro do Quirguistão, Nikolai Tanayev, desaprovou esse projeto, mas uma comissão de especialistas de seu próprio governo teria dado o aval para que o plano não fosse interrompido.
A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.