Suplementos minerais e vitaminas podem ajudar mães desnutridas a reduzir risco de baixo peso do bebê ao nascer, segundo estudo feito na Índia
Suplementos minerais e vitaminas podem ajudar mães desnutridas a reduzir risco de baixo peso do bebê ao nascer, segundo estudo feito na Índia
Suplementos minerais e vitaminas podem ajudar mães desnutridas a reduzir risco de baixo peso do bebê ao nascer, segundo estudo feito na Índia
Suplementos minerais e vitaminas podem ajudar mães desnutridas a reduzir risco de baixo peso do bebê ao nascer, segundo estudo feito na Índia
A conclusão é de estudo publicado na edição de janeiro da revista Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine. Na amostragem analisada, a taxa de baixo peso ao nascer foi de 15,2% entre os bebês de mães que receberam suplemento de micronutrientes, contra 43,1% entre os demais.
Os recém-nascidos cujas mães tomaram vitaminas também apresentaram menor morbidade na primeira semana de vida. O baixo peso ao nascer – abaixo de 2,5 quilos – é um importante indicador para previsão de mortalidade infantil, segundo o estudo.
O baixo peso ao nascer também aumenta o risco de a criança desenvolver doenças coronárias, diabetes tipo 2, derrame e pressão alta. A pesquisa destaca que, em países pobres, mulheres de baixa renda são com freqüência deficientes em determinados micronutrientes, incluindo vitaminas C e E e complexo B.
Piyush Gupta, da Universidade de Ciências Médicas de Nova Déli, e equipe acompanharam 200 mulheres com características semelhantes: gravidez entre 24 e 32 semanas e baixo peso (com índice de massa corporal abaixo de 18,5) ou baixo nível de hemoglobina (entre 7 e 9 gramas por decilitro), que indicam má nutrição.
As voluntárias moravam a até cinco quilômetros de um hospital na parte leste de Nova Déli e planejavam fazer os partos no hospital ou na vizinhança. A informação sobre os participantes, incluindo idade e peso, foi coletada no hospital entre 1º de maio de 2002 e 30 de abril de 2003.
Das mulheres, 101 foram sorteadas para tomar um tablete de placebo contendo apenas cálcio e as outras 99 receberam um tablete contendo uma mistura de 29 micronutrientes. Todas foram instruídas a tomar uma dose diária.
Os dois grupos receberam suplementos de ferro e ácido fólico, além de acompanhamento pré-natal. As pacientes foram monitoradas durante consultas clínicas. Os bebês que nasceram no hospital tiveram informações colhidas sobre parto, peso ao nascimento e saúde da criança. Nos outros casos, as mães foram contactadas pessoalmente para fornecer a informação.
Os recém-nascidos no hospital foram monitorados por uma semana para detecção de qualquer evidência de anomalias congênitas ou outras condições e doenças.
As mulheres no grupo que recebeu micronutrientes ganharam em média 9,2 quilos durante a gravidez, enquanto as do grupo que recebeu placebo ganharam 8,7 quilos. Dos 200 bebês nascidos, 146 foram incluídos na análise de tamanho ao nascer e 170 (88 no grupo com micronutrientes e 82 no grupo com placebo) na análise de morte ou doenças na primeira semana.
Os bebês cujas mães tomaram micronutrientes nascerem em média com 98 gramas a mais e ficaram 0,8 centímetros maiores. A taxa de baixo peso ao nascer foi de 43,1% no grupo placebo e 15,2% no grupo do suplemento de micronutrientes. Quatro crianças morreram em cada grupo.
Segundo os autores, as descobertas são de natureza preliminar e precisam ser corroboradas. Os pesquisadores recomendam triagens nas comunidades de populações pobres para identificar o impacto de uma agenda de suplementação durante a gravidez. O tamanho da amostra, segundo eles, deveria ser grande o suficiente para avaliar o efeito de tal suplementação sobre a mortalidade e morbidade neonatal, além do tamanho ao nascer.
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