Livro organizado pelo Centro de Estudos da Metrópole analisa a dinâmica social da capital paulista e mostra os efeitos da segregação do espaço urbano sobre a pobreza e as desigualdades sociais

Reflexões territoriais
08 de setembro de 2005

Livro organizado pelo Centro de Estudos da Metrópole analisa a dinâmica social da capital paulista e mostra os efeitos da segregação do espaço urbano sobre a pobreza e as desigualdades sociais

Reflexões territoriais

Livro organizado pelo Centro de Estudos da Metrópole analisa a dinâmica social da capital paulista e mostra os efeitos da segregação do espaço urbano sobre a pobreza e as desigualdades sociais

08 de setembro de 2005

Livro organizado pelo Centro de Estudos da Metrópole analisa a dinâmica social da capital paulista e mostra os efeitos da segregação do espaço urbano sobre a pobreza e as desigualdades sociais

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP – "A cidade não pára, a cidade só cresce. O de cima sobe e o de baixo desce." Como cantava Chico Science, as grandes metrópoles brasileiras vivem a realidade diária das desigualdades sociais. Procurando analisar essa questão pelo enfoque da distribuição territorial na cidade de São Paulo, o Centro de Estudos da Metrópole (CEM), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da FAPESP, está lançando o livro São Paulo: Segregação, Pobreza e Desigualdades Sociais.

A obra, organizada pelos pesquisadores Eduardo Marques e Haroldo Torres, é composta de 12 textos em que cientistas sociais, estatísticos, economistas e urbanistas discutem os problemas urbanos e estruturais da cidade com base nas transformações ocorridas nas últimas três décadas.

"Com a intenção de mudar o patamar de conhecimento empírico sobre a cidade, a discussão concentra-se nos efeitos da segregação do espaço urbano sobre a pobreza e as desigualdades sociais", disse Eduardo Marques à Agência FAPESP. "Uma das conclusões é que a pobreza tem uma dimensão territorial muito bem definida."

O pesquisador explica que, ao analisar indivíduos igualmente pobres – com a mesma renda, escolaridade e cor da pele, porém, localizados em lugares diferentes da cidade –, o grupo que estava no local mais segregado apresentou piores condições sociais do que os indivíduos em ambiente menos segregado.

"Por conta disso, o livro teve como preocupação classificar os grupos sociais isolados, analisar sua distribuição no espaço urbano e propor a execução de políticas públicas territorializadas, ou seja, que usem o território como estratégia para a solução dos problemas sociais", explica Marques.

Dividida em três partes, a obra avalia desde elementos conceituais de segregação e pobreza urbanas até políticas sociais atualmente vigentes. A primeira parte contextualiza a formação dos grupos sociais e seus padrões. A segunda analisa as favelas e as moradias metropolitanas, incluindo discussões sobre desemprego e escolaridade.

O último bloco, por sua vez, traz uma reflexão sobre as possíveis soluções para essas questões e exemplos de políticas sociais e investimentos feitos no município de São Paulo de 1975 a 2000.

O livro São Paulo: Segregação, Pobreza e Desigualdades Sociais será lançado no dia 8 de setembro, às 19 horas, na Livraria Cultura, em São Paulo.

Mais informações: (11) 3323-1546/3323-1536.


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