Reflexões científicas às margens do Danúbio

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Agência FAPESP* –Por Eduardo Geraque

Agência FAPESP - As questões contemporâneas que envolvem o mundo da ciência foram debatidas, no início do mês, em Budapeste, na Hungria, na primeira edição do Fórum Mundial de Ciência. Estiveram presentes cerca de 400 cientistas, de 80 países, segundo números divulgados pelo cônsul geral da Hungria no Brasil, József Németh, nesta quarta-feira, no balanço do evento realizado pelo Consulado da Hungria em São Paulo. 

"Os grandes desafios da ciência estiveram presente nas discussões na Hungria", disse Carlos Vogt, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que esteve no evento como convidado da organização. O outro brasileiro presente foi Hernan Chaimovich, diretor do Instituto de Química da Universidade de São Paulo. 

Na avaliação de Vogt, o congresso esteve antenado com questões contemporâneas. "As reflexões teóricas no campo do meio ambiente mostraram que, por exemplo, não adianta buscar um grande desenvolvimento econômico se os padrões de consumo continuarem sendo predatórios", relatou.  

Dentro do atual cenário globalizado, três problemas comuns aos cientistas foram identificados: como usar a tecnologia para a geração de riquezas; como se desenvolver de forma ecologicamente equilibrada; e quais devem ser os parâmetros éticos da ciência. 

O papel dos governos na gestão do conhecimento e na produção científica também esteve em pauta. Em Budapeste, que é cortada pelo rio Danúbio, algumas conclusões sobre o tema chegaram a ser feitas. "O financiamento público deve continuar a existir, e de forma importante. A ciência não pode ser direcionada apenas pelos interesses privados", disse o presidente da FAPESP.  

Depois da grande participação e do prestígio político verificado no fórum, o cônsul Németh afirmou que a segunda edição do evento está garantida pelo governo húngaro, devendo ocorrer em 2005. "Há muitos outros temas que precisam ser discutidos", disse.

<b>Por Eduardo Geraque</b>
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<b>Agência FAPESP</b> - As questões contemporâneas que envolvem o mundo da ciência foram debatidas, no início do mês, em Budapeste, na Hungria, na primeira edição do Fórum Mundial de Ciência. Estiveram presentes cerca de 400 cientistas, de 80 países, segundo números divulgados pelo cônsul geral da Hungria no Brasil, József Németh, nesta quarta-feira, no balanço do evento realizado pelo Consulado da Hungria em São Paulo. 
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"Os grandes desafios da ciência estiveram presente nas discussões na Hungria", disse Carlos Vogt, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que esteve no evento como convidado da organização. O outro brasileiro presente foi Hernan Chaimovich, diretor do Instituto de Química da Universidade de São Paulo. 
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Na avaliação de Vogt, o congresso esteve antenado com questões contemporâneas. "As reflexões teóricas no campo do meio ambiente mostraram que, por exemplo, não adianta buscar um grande desenvolvimento econômico se os padrões de consumo continuarem sendo predatórios", relatou.  
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Dentro do atual cenário globalizado, três problemas comuns aos cientistas foram identificados: como usar a tecnologia para a geração de riquezas; como se desenvolver de forma ecologicamente equilibrada; e quais devem ser os parâmetros éticos da ciência. 
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O papel dos governos na gestão do conhecimento e na produção científica também esteve em pauta. Em Budapeste, que é cortada pelo rio Danúbio, algumas conclusões sobre o tema chegaram a ser feitas. "O financiamento público deve continuar a existir, e de forma importante. A ciência não pode ser direcionada apenas pelos interesses privados", disse o presidente da FAPESP.  
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Depois da grande participação e do prestígio político verificado no fórum, o cônsul Németh afirmou que a segunda edição do evento está garantida pelo governo húngaro, devendo ocorrer em 2005. "Há muitos outros temas que precisam ser discutidos", disse.
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