Na demonstração, realizada no California Institute of Technology (Caltech), um "tsunami" de dados oriundos do mundo inteiro convergiram para o centro de convenções (imagem: rednesp)
A demonstração conseguiu atingir 6.2 Tbps de transmissão conjunta. Utilizando servidores na Unesp, Universidade de São Paulo (USP) e Mackenzie, a rednesp conseguiu colaborar com 260 Gbps (4% do total) para o fluxo total de dados
A demonstração conseguiu atingir 6.2 Tbps de transmissão conjunta. Utilizando servidores na Unesp, Universidade de São Paulo (USP) e Mackenzie, a rednesp conseguiu colaborar com 260 Gbps (4% do total) para o fluxo total de dados
Na demonstração, realizada no California Institute of Technology (Caltech), um "tsunami" de dados oriundos do mundo inteiro convergiram para o centro de convenções (imagem: rednesp)
Agência FAPESP – A rednesp (Research and Education Network at São Paulo), que disponibiliza conexões de dados de alta velocidade para a comunidade acadêmica do Estado de São Paulo, conectando dezenas de instituições de educação e pesquisa com o exterior, quebrou recorde de transmissão de dados acadêmicos na conferência Supercomputing 2023, realizada em Denver, no Colorado, nos Estados Unidos, entre os dias 12 e 17 de novembro.
“A conferência, que é a maior do mundo nessa área, se autointitula "The International Conference for High Performance Computing, Networking, Storage, and Analysis". Nesta edição, reuniu 17 mil pessoas do mundo todo”, conta Ney Lemke, do Departamento de Biofísica e Farmacologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu e coordenador da rednesp. “Esse resultado sinaliza para a comunidade acadêmica que temos uma excelente capacidade de transmitir dados de grandes projetos e que estamos na linha de frente no cenário internacional.”
A rednesp participou de uma demonstração liderada pelo California Institute of Technology (Caltech) sob a coordenação do professor Harvey Newman. “O objetivo da demonstração foi realizar um tsunami de dados oriundos do mundo inteiro convergirem para o centro de convenções. Cada instituição injetava o maior volume de dados compatíveis com sua infraestrutura de computadores e ativos de rede. A rednesp pôde testar o BackBone SP e demonstrar a capacidade de transferência de dados entre as oito instituições, bem como as taxas de transmissão de São Paulo com a internet acadêmica mundial”, ele explicou.
A demonstração conseguiu atingir 6.2 Tbps de transmissão conjunta. Utilizando servidores na Unesp, Universidade de São Paulo (USP) e Mackenzie, a rednesp conseguiu colaborar com 260 Gbps (4% do total) para o fluxo total de dados. “A principal limitação foi a capacidade dos links internacionais. De forma isolada, a rednesp conseguiu atingir 320 Gbps com uma latência de 145 ms pela conexão do Atlântico e 200 ms pela conexão do Pacífico”, detalhou. Outro fato importante é que foram enviados dados armazenados em servidores simulando condições reais de operação e usando links em produção. Anteriormente a taxa máxima obtida foi de 80 Gbps.
Apoiada pela FAPESP, a rednesp inaugurou, no início de 2023, o Backbone SP, que interliga oito das principais instituições de ensino e pesquisa do Estado de São Paulo com conexões de 100 Gbps: USP, Unesp, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Mackenzie, Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e as universidades federais do ABC (UFABC), de São Carlos (UFSCar) e de São Paulo (Unifesp).
O Backbone SP conecta essas instituições às redes acadêmicas internacionais através do consórcio Amlight com sede na Flórida (600 Gbps para os EUA), RedClara na América Latina e um canal de 100 Gbps com a Europa através do Ellalink.
A rednesp é dirigida por um comitê executivo vinculado ao Conselho de Reitores das universidades estaduais paulistas (Cruesp) composto atualmente por Ney Lemke (Unesp, atual coordenador), Sandro Rigo (Unicamp) e João Eduardo Ferreira (USP).
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