Pesquisadores belgas medem e modelam emissão de ruído pelo tráfego rodoviário em diferentes lugares no mundo com o objetivo de avaliar e reduzir seu impacto ambiental nos centros urbanos (imagem: Omegatron/Wikimedia Commons)
Pesquisadores belgas medem e modelam emissão de ruído pelo tráfego rodoviário em diferentes lugares no mundo com o objetivo de avaliar e reduzir seu impacto ambiental nos centros urbanos
Pesquisadores belgas medem e modelam emissão de ruído pelo tráfego rodoviário em diferentes lugares no mundo com o objetivo de avaliar e reduzir seu impacto ambiental nos centros urbanos
Pesquisadores belgas medem e modelam emissão de ruído pelo tráfego rodoviário em diferentes lugares no mundo com o objetivo de avaliar e reduzir seu impacto ambiental nos centros urbanos (imagem: Omegatron/Wikimedia Commons)
Elton Alisson, de Bruxelas (Bélgica) | Agência FAPESP – O tráfego rodoviário é a fonte mais importante de emissões de ruído em ambientes urbanos, afirma Dick Botteldoren, professor da Ghent University.
Por meio de redes de sensores, o pesquisador e seu grupo na universidade belga têm medido e modelado nos últimos anos as emissões de ruído pelo tráfego rodoviário em diferentes lugares no mundo com o objetivo de avaliar e reduzir seu impacto ambiental nas cidades.
Alguns dos resultados das pesquisas do grupo foram apresentados em palestra na terça-feira (09/10) na FAPESP Week Belgium. O encontro, realizado em Bruxelas até o dia 9 de outubro, e em Liège e Leuven, no dia 10, reuniu pesquisadores brasileiros e belgas com o objetivo de estreitar parcerias em pesquisa.
“Desenvolvemos nos últimos anos modelos dinâmicos de previsão de ruído, que combinam simulação de tráfego com níveis de ruído e modelos de propagação e difusão”, disse Botteldoren.
Por meio desses modelos matemáticos, os pesquisadores pretendem fornecer subsídios para que cidades possam projetar ruas com níveis mais reduzidos de ruído para os pedestres, por meio do plantio de árvores, por exemplo. E, dessa forma, melhorar a qualidade de vida da população.
“As árvores são um meio natural para o controle de ruído nas cidades, uma vez que contribuem para diminuição da propagação do som”, explicou o pesquisador. “A redução do ruído por meio do plantio de vegetação traz benefícios adicionais para as cidades”, avaliou.
Os pesquisadores já implantaram estações de monitoramento de som na Bélgica nas cidades de Ghent, Antuérpia e Bruxelas, além de Roterdã, na Holanda, e Paris, na França.
“A ideia é monitorar o som nessas cidades de modo que seja possível diminuir os níveis de poluição sonora e torná-las mais inteligentes no controle das emissões de ruídos”, afirmou Boltteldoren.
Smart grid
Outro projeto voltado a cidades inteligentes foi apresentando por Fernando Pinhanez Marafão, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Sorocaba.
O grupo do pesquisador tem estudado técnicas de monitoramento e controle de sistemas de geração distribuída de energia e de outros dispositivos eletrônicos para viabilizar a construção de microrredes inteligentes de energia de baixa tensão nas cidades.
Nessas microrredes inteligentes, chamadas smart grids, um sistema de geração distribuída de energia de pequeno porte é conectado à rede principal através de um sistema eletrônico automático, composto por conversores eletrônicos chaveados e dispositivos de proteção, medição e processamento.
Esses dispositivos são responsáveis por possibilitar o fornecimento de energia em corrente alternada para as cargas conectadas, tomar decisões baseadas na demanda de energia das cargas, desempenhar funções de monitoramento e condicionamento da qualidade das tensões e correntes no ponto de acoplamento comum e detectar falhas e atuar em condições extremas, explicou Marafão.
“A ideia é colocar automação nas redes de distribuição de energia de baixa tensão existentes nos centros urbanos, que têm muito pouca automação”, afirmou.
Os desafios para viabilizar essas redes inteligentes de energia, segundo ele, são muito mais de ordem regulatória do que tecnológica.
“Os dispositivos necessários e as tecnologias para a construção dessas microrredes inteligentes de energia já foram criados. O que falta, agora, é criar metodologias de controle e legislação que permitam que as redes possam operar dessa forma”, avaliou.
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