Na 56ª SBPC, Nelson Maculan, do MEC, revelou uma das formas que o governo está estudando para oferecer mais recursos para as universidades federais (foto: Isabela Lyrio/UnB Agência)
Em palestra na 56ª Reunião Anual da SBPC, Nelson Maculan, secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, revela uma das formas que o governo está estudando para oferecer mais recursos para as universidades federais
Em palestra na 56ª Reunião Anual da SBPC, Nelson Maculan, secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, revela uma das formas que o governo está estudando para oferecer mais recursos para as universidades federais
Na 56ª SBPC, Nelson Maculan, do MEC, revelou uma das formas que o governo está estudando para oferecer mais recursos para as universidades federais (foto: Isabela Lyrio/UnB Agência)
Agência FAPESP - Os protestos na abertura da 56ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, domingo (18/7), em Cuiabá, apenas reforçaram uma situação que não é nova. Estudantes, professores, técnicos, reitores e até o ministro da Educação Tarso Genro sabem que faltam recursos para as universidades federais do Brasil. O quadro, na maioria dos Estados, é caótico.
Sabendo disso, o Ministério da Educação (MEC) está estudando formas de melhorar a situação – e a vida dos reitores. Afinal de contas, como mostrou o debate sobre autonomia universitária realizado terça-feira, não adianta discutir a reforma do ensino superior se não houver recursos para que esse processo possa ser terminado. O mesmo vale para a tão sonhada autonomia das universidades federais.
"Estamos estudando um novo mecanismo de repasse, que poderá ser útil", disse Nelson Maculan, secretário de Ensino Superior do MEC, à Agência FAPESP. Segundo o representante do Governo Federal, a proposta passaria por algumas etapas.
Primeiro, explica o secretário, que também já foi reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é preciso conseguir que todos os recursos destinados hoje ao MEC – e, por conseqüência, para as universidades federais – sejam descontigenciados do orçamento federal global. Depois de vencida essa negociação interna do governo, com as pastas da Fazenda e do Planejamento, é que se tentará redigir, muito provavelmente, uma lei para ser aprovada no Congresso Nacional.
"Hoje, temos aproximadamente R$ 9 bilhões ao ano para gerir o sistema universitário. A nossa vontade é que 5% desse valor seja garantido, por uma eventual nova lei, para a expansão do sistema", explica Maculan. Segundo ele, os outros 95% seriam usados para a manutenção das próprias universidades federais.
Apesar de a veiculação de recursos ser considerada pelo próprio Maculan um retrocesso, ele acha que, no caso do Brasil, seria um mal necessário. "Sabemos pelo nosso cotidiano que isso ainda é uma forma importante de garantir recursos", disse.
A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.