Recorde no primeiro teste
16 de novembro de 2004

Demonstração da nova conexão acadêmica entre a Rede ANSP, em São Paulo, e a Rede Abilene, nos EUA, atinge nova marca para velocidade de transmissão entre os hemisférios Norte e Sul

Recorde no primeiro teste

Demonstração da nova conexão acadêmica entre a Rede ANSP, em São Paulo, e a Rede Abilene, nos EUA, atinge nova marca para velocidade de transmissão entre os hemisférios Norte e Sul

16 de novembro de 2004

 

Agência FAPESP - A nova conexão acadêmica entre a Rede Acadêmica de São Paulo (ANSP) com a Rede Abilene (Internet 2), passou no primeiro teste. Com louvor e dois recordes seguidos. A linha de fibra óptica pode atingir até 2,5 bilhões de bits por segundo (Gbps) na transmissão de dados. É a primeira vez que os hemisférios Norte e Sul são ligados em tamanha velocidade.

Exatamente à zero hora de quinta-feira (11/11), físicos de partículas de altas energias de todo o mundo, entre os quais o grupo de Sérgio Novaes, professor do Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista (Unesp), iniciaram o "bandwidth challenge" (desafio de largura de banda) na conferência SuperComputing 2004, realizada em Pittsburgh, nos Estados Unidos.

Durante uma hora e meia, os participantes do desafio estressaram a rede acadêmica mundial com um tráfego de mais de 100 Gbps, dos quais São Paulo foi responsável por 1,6 Gbps – 64% da capacidade total da nova conexão e recorde de transmissão de dados entre os hemisférios Norte e Sul.

No mesmo dia, à tarde, os grupos de São Paulo e Miami iniciaram um novo teste de estresse, dessa vez com toda a capacidade de processamento disponível. Conseguiram manter por uma hora um tráfego médio de 1,96 Gbps, com picos que chegaram à 2,5 Gbps, quebrando novamente o recorde.

A nova rede tem financiamento da FAPESP para a parte brasileira e da National Science Foundation (NSF) para o lado norte-americano. Ela aumenta em cerca de 14 vezes a velocidade média da comunicação entre as redes acadêmicas do Estado de São Paulo e dos Estados Unidos, passando dos atuais 45 milhões de bits por segundo (Mbps) para 622 Mbps. A velocidade pode ser ampliada sempre que necessário para até 2,5 Gbps.

A conexão proporcionará conectividade a projetos de pesquisa do Brasil e da América Latina, por meio da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e da Rede Clara (Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas). Além da Rede ANSP, participam da iniciativa o Center for Internet Augmented Research and Assessment (Ciara/FIU) e o Latin American Nautilus (Telecom Italia), que cedeu capacidade no cabo submarino da empresa entre São Paulo e Miami.

Terremark e Impsat forneceram espaço e suporte em seus datacenters, a Eletropaulo Telecom cedeu fibra óptica em São Paulo e a FPL Fibernet a fibra em Miami. A Qwest e a Internet2 entraram com a conectividade entre Miami e Pittsburgh e Cisco e Foundry supriram o equipamento óptico necessário para o funcionamento da conexão.


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