Protótipo mostra uma das realidades do carro do futuro. Eles terão que respeitar o meio ambiente
(Foto:ESA)

Recorde ecológico
26 de novembro de 2004

Com tecnologia da Agência Espacial Européia, a francesa IdéeVerte Compétition desenvolve carro de corrida que chega a 315 km/h, movido a gás e com óleo de girassol como lubrificante

Recorde ecológico

Com tecnologia da Agência Espacial Européia, a francesa IdéeVerte Compétition desenvolve carro de corrida que chega a 315 km/h, movido a gás e com óleo de girassol como lubrificante

26 de novembro de 2004

Protótipo mostra uma das realidades do carro do futuro. Eles terão que respeitar o meio ambiente
(Foto:ESA)

 

Agência FAPESP - Quem acha que alta velocidade nas pistas é sinônimo de muita gasolina queimada – e poluição – pode começar a mudar de idéia. Diferente do que muitos imaginam, para ser ecologicamente correto um automóvel não precisa ser necessariamente lento.

A alternativa: gás. Foi essa a opção da IdéeVerte Compétition, uma ONG francesa, ao decidir desenvolver um carro de corrida "verde". Além de usar um dos menos poluidores dos combustíveis – o gás liquefeito de petróleo (GLP) – o veículo funciona com lubrificantes feitos de óleo de girassol. O resultado são espantosos 315 km/h. Novo recorde para veículos do tipo.

"O carro do futuro deverá respeitar o meio ambiente. Essa é a única maneira de criar um sistema sustentável de transportes", disse Alain Lebrun, presidente da IdéeVerte Compétition, em comunicado da Agência Espacial Européia (ESA), que participou do desenvolvimento do carro. "Hoje já temos muitas novas tecnologias com baixo impacto ambiental, como o GLP, o gás natural, hidrogênio e biocombustíveis."

Segundo Lebrun, o motivo de criar um carro ecológico veloz foi estimular a opinião pública sobre o tema dos combustíveis alternativos. "A pista de corridas é o laboratório definitivo para a tecnologia automobilística", disse.

A IdéeVerte Compétition foi criada em 1993 por engenheiros e técnicos preocupados com a poluição produzida pelos veículos automotores. Em 2002, passaram a contar com apoio da ESA, que forneceu tecnologias desenvolvidas para aplicações no espaço.

Entre as tecnologias da agência utilizadas no desenvolvimento do carro de corrida verde está um material altamente resistente ao calor, que foi empregado em peças do sistema de combustão.

Outro sistema, desenhado para os foguetes Ariane, foi usado para proteger o tanque de gás. Em caso de fogo, uma proteção térmica especial é selada, impedindo a passagem do calor. Com isso, o carro pode incendiar por até 45 minutos antes que o fogo atinja o tanque – feito de titânio, para resistir melhor a impactos.

De acordo com engenheiros da IdéeVerte Compétition, o sistema pode ser adaptado para uso em veículos de passeio movidos a gás.


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