Reconhecimento da ciência brasileira

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Agência FAPESP* –Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Em cerimônia realizada na Sala São Paulo, nesta segunda-feira (7/6), a Fundação Conrado Wessel (FCW) contemplou os seis vencedores do prêmio de Ciência e Cultura, escolhidos em parceria com a  Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), nas categorias medicina, literatura, ciência geral, ciência aplicada ao meio ambiente, ciência aplicada ao mar e ciência aplicada ao campo. 

A cerimônia, que contou com a presença de representantes do meio acadêmico, industrial e governamental, premiou com R$ 100 mil cada um dos seis ganhadores escolhidos a partir de 118 indicações feitas pela Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Hospital do Câncer, cinco ministérios e 24 universidades federais. 

"Devo confessar que estou imensamente satisfeita. Em primeiro lugar, o prêmio dado pela Fundação Conrado Wessel é uma grande homenagem à ciência e à cultura brasileiras como um todo. Trata-se de um estímulo fundamental que todos os cientistas brasileiros precisam, pois sempre encontramos muitas dificuldades para vencer os obstáculos impostos", disse Maria Inês Schmidit, que recebeu o prêmio na categoria Medicina, à Agência FAPESP. "Essa iniciativa certamente estimulará novos talentos a serem atraídos para o desenvolvimento de pesquisas na universidade."

A comissão julgadora dos indicados foi composta por integrantes da FAPESP, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Academia Brasileira de Letras (ABL) e de representantes dos ministérios da Cultura, da Saúde, da Agricultura, do Meio Ambiente, da Marinha do Brasil e da Secretaria de Aqüicultura e Pesca. 

"O Prêmio Conrado Wessel é um ator importante na dinâmica da evolução da cultura cientítica. Da mesma forma que as principais premiações científicas e tecnológicas, ele desempenha papel fundamental no processo de motivação da sociedade para o conhecimento", disse Carlos Vogt, presidente da FAPESP.

Para Philip Martin Fearnside, ganhador na categoria Ciência Aplicada ao Meio Ambiente, o prêmio vem destacar ainda mais a importância de estudos ambientais no Brasil, especialmente na região amazônica. "Meu propósito foi quantificar os reais valores da floresta amazônica no sentido de revelar seu papel valioso para a economia brasileira", disse. "Estudos como esse devem ser avaliados com o objetivo de gerar resultados concretos e chamar a atenção do governo para que os resultados possam ser transformados em políticas públicas eficientes."

Segundo Carlos Henrique de Brito Cruz, vencedor na categoria Ciência Geral, premiações como essa são de extrema importância para que se reconheça a excelência de trabalhos de pequisadores que se dedicam inteiramente às atividades científicas. "Além de dar muita satisfação, é muito bom percebermos que há uma manifestação de reconhecimento desse porte pela dedicação a uma carreira acadêmica de criação intelectual", afirmou.


Os ganhadores do prêmio Prêmio Fundação Conrado Wessel de Ciência e Cultura em 2004: 


Ciência Geral: Carlos Henrique de Brito Cruz

Professor titular do Instituto de Física da Universidade Estadual de Campinas, do qual foi diretor por duas vezes, graduou-se em Engenharia Eletrônica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (1978). Foi pró-reitor de Pesquisa da Unicamp, de 1994 a 1998, e desde 1995 integra o Conselho Superior da FAPESP, entidade que presidiu de 1996 a 2002. Em abril de 2002, tornou-se reitor da Unicamp.


Medicina: Maria Inês Schmidt 

Médica-endocrinologista, doutora em epidemologia pela Universidade da Carolina do Norte. Coordena o programa de pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), além de desenvolver trabalhos para o controle do diabetes em hospitais públicos de Porto Alegre. 


Literatura: Lya Luft 

Escritora cuja obra inclui 17 livros entre romances, coletâneas de contos, poemas, ensaios e crônicas. É formada em pedagogia e letras anglo-germânicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e é mestra em literaturas brasileira e portuguesa pela UFRGS. 


Ciência Aplicada ao Meio Ambiente: Philip Martin Fearnside 

O biólogo norte-americano, há décadas radicado no Brasil, é conhecido pelas pesquisas referentes ao desenvolvimento sustentável da Amazônia e a possível relação entre seu desmatamento e as mudanças climáticas no planeta. Bacharel pelo Colorado College e Ph.D. na Universidade de Michigan, ocupa desde 1978 a cadeira de pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).


Ciência Aplicada ao Mar: Dieter Carl Ernst Heino Muehe

Um dos criadores do Instituto Nacional de Oceanografia Marinha e um dos primeiros a pesquisar a costa brasileira. Atualmente é professor de pós-graduacão em Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde se formou em geografia e fez especialização em geomorfologia.


Ciência Aplicada ao Campo: Jairo Vidal Vieira 

Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Hortaliças), é formado pela Universidade Federal de Viçosa e tem pós-doutorado pela Texas A&M University. O engenheiro agrônomo desenvolveu importantes projetos para a agronomia brasileira, entre eles os cultivares de cenoura Alvorada (2000) e Brasília (1982).

A Fundação Conrado Wessel é uma instituição filantrópica criada de acordo com o testamento de Ubaldo Conrado Wessel, argentino de origem alemã que se radicou no Brasil no início do século 20. Fotógrafo e químico, Wessel inventou o primeiro papel fotográfico brasileiro, que tomou o lugar dos importados no mercado nacional em meados da década de 1920. Durante vinte e cinco anos Wessel dirigiu a Fábrica de Papel Fotográfico Kodak-Wessel. Ele morreu, aos 102 anos, em 24 de maio de 1993.

<b>Por Thiago Romero</b>
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<b>Agência FAPESP</b> - Em cerimônia realizada na Sala São Paulo, nesta segunda-feira (7/6), a Fundação Conrado Wessel (FCW) contemplou os seis vencedores do prêmio de Ciência e Cultura, escolhidos em parceria com a  Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), nas categorias medicina, literatura, ciência geral, ciência aplicada ao meio ambiente, ciência aplicada ao mar e ciência aplicada ao campo. 
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A cerimônia, que contou com a presença de representantes do meio acadêmico, industrial e governamental, premiou com R$ 100 mil cada um dos seis ganhadores escolhidos a partir de 118 indicações feitas pela Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Hospital do Câncer, cinco ministérios e 24 universidades federais. 
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"Devo confessar que estou imensamente satisfeita. Em primeiro lugar, o prêmio dado pela Fundação Conrado Wessel é uma grande homenagem à ciência e à cultura brasileiras como um todo. Trata-se de um estímulo fundamental que todos os cientistas brasileiros precisam, pois sempre encontramos muitas dificuldades para vencer os obstáculos impostos", disse Maria Inês Schmidit, que recebeu o prêmio na categoria Medicina, à <b>Agência FAPESP</b>. "Essa iniciativa certamente estimulará novos talentos a serem atraídos para o desenvolvimento de pesquisas na universidade."
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A comissão julgadora dos indicados foi composta por integrantes da FAPESP, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Academia Brasileira de Letras (ABL) e de representantes dos ministérios da Cultura, da Saúde, da Agricultura, do Meio Ambiente, da Marinha do Brasil e da Secretaria de Aqüicultura e Pesca. 
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"O Prêmio Conrado Wessel é um ator importante na dinâmica da evolução da cultura cientítica. Da mesma forma que as principais premiações científicas e tecnológicas, ele desempenha papel fundamental no processo de motivação da sociedade para o conhecimento", disse Carlos Vogt, presidente da FAPESP.
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Para Philip Martin Fearnside, ganhador na categoria Ciência Aplicada ao Meio Ambiente, o prêmio vem destacar ainda mais a importância de estudos ambientais no Brasil, especialmente na região amazônica. "Meu propósito foi quantificar os reais valores da floresta amazônica no sentido de revelar seu papel valioso para a economia brasileira", disse. "Estudos como esse devem ser avaliados com o objetivo de gerar resultados concretos e chamar a atenção do governo para que os resultados possam ser transformados em políticas públicas eficientes."
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Segundo Carlos Henrique de Brito Cruz, vencedor na categoria Ciência Geral, premiações como essa são de extrema importância para que se reconheça a excelência de trabalhos de pequisadores que se dedicam inteiramente às atividades científicas. "Além de dar muita satisfação, é muito bom percebermos que há uma manifestação de reconhecimento desse porte pela dedicação a uma carreira acadêmica de criação intelectual", afirmou.
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Os ganhadores do prêmio Prêmio Fundação Conrado Wessel de Ciência e Cultura em 2004: 
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<b>Ciência Geral: Carlos Henrique de Brito Cruz</b>
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Professor titular do Instituto de Física da Universidade Estadual de Campinas, do qual foi diretor por duas vezes, graduou-se em Engenharia Eletrônica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (1978). Foi pró-reitor de Pesquisa da Unicamp, de 1994 a 1998, e desde 1995 integra o Conselho Superior da FAPESP, entidade que presidiu de 1996 a 2002. Em abril de 2002, tornou-se reitor da Unicamp.
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<b>Medicina: Maria Inês Schmidt</b> 
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Médica-endocrinologista, doutora em epidemologia pela Universidade da Carolina do Norte. Coordena o programa de pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), além de desenvolver trabalhos para o controle do diabetes em hospitais públicos de Porto Alegre. 
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<b>Literatura: Lya Luft</b> 
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Escritora cuja obra inclui 17 livros entre romances, coletâneas de contos, poemas, ensaios e crônicas. É formada em pedagogia e letras anglo-germânicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e é mestra em literaturas brasileira e portuguesa pela UFRGS. 
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<b>Ciência Aplicada ao Meio Ambiente: Philip Martin Fearnside</b> 
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O biólogo norte-americano, há décadas radicado no Brasil, é conhecido pelas pesquisas referentes ao desenvolvimento sustentável da Amazônia e a possível relação entre seu desmatamento e as mudanças climáticas no planeta. Bacharel pelo Colorado College e Ph.D. na Universidade de Michigan, ocupa desde 1978 a cadeira de pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
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<b>Ciência Aplicada ao Mar: Dieter Carl Ernst Heino Muehe</b>
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Um dos criadores do Instituto Nacional de Oceanografia Marinha e um dos primeiros a pesquisar a costa brasileira. Atualmente é professor de pós-graduacão em Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde se formou em geografia e fez especialização em geomorfologia.
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<b>Ciência Aplicada ao Campo: Jairo Vidal Vieira</b> 
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Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Hortaliças), é formado pela Universidade Federal de Viçosa e tem pós-doutorado pela Texas A&M University. O engenheiro agrônomo desenvolveu importantes projetos para a agronomia brasileira, entre eles os cultivares de cenoura Alvorada (2000) e Brasília (1982).
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A Fundação Conrado Wessel é uma instituição filantrópica criada de acordo com o testamento de Ubaldo Conrado Wessel, argentino de origem alemã que se radicou no Brasil no início do século 20. Fotógrafo e químico, Wessel inventou o primeiro papel fotográfico brasileiro, que tomou o lugar dos importados no mercado nacional em meados da década de 1920. Durante vinte e cinco anos Wessel dirigiu a Fábrica de Papel Fotográfico Kodak-Wessel. Ele morreu, aos 102 anos, em 24 de maio de 1993. 

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