Caverna Digital oferece a visualização de ambientes e objetos em 3D para a criação de protótipos virtuais (foto: LSI)

Realidade virtual imersiva
19 de outubro de 2004

Caverna Digital da Poli/USP, aberta ao público durante a Semana Nacional de C&T, oferece a visualização de ambientes e objetos em 3D para a criação de protótipos virtuais e a realização de pesquisas em áreas como engenharia e exploração espacial

Realidade virtual imersiva

Caverna Digital da Poli/USP, aberta ao público durante a Semana Nacional de C&T, oferece a visualização de ambientes e objetos em 3D para a criação de protótipos virtuais e a realização de pesquisas em áreas como engenharia e exploração espacial

19 de outubro de 2004

Caverna Digital oferece a visualização de ambientes e objetos em 3D para a criação de protótipos virtuais (foto: LSI)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Um sistema de realidade virtual utilizado para simular aplicações em três grandes áreas: científica, industrial e educacional. Essa é a Caverna Digital, instalada no Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI), da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP).

O sistema possibilita a visualização de ambientes e objetos em 3D, em tamanho próximo ao natural, nos quais as pessoas podem interagir com múltiplas projeções. "Trata-se de uma estrutura científica pioneira no Brasil. A idéia é promover simulações de alto desempenho em um ambiente integrado e visualizá-las em um contexto de total imersão", disse Marcelo Zuffo, coordenador da área de Meios Eletrônicos Interativos do LSI e professor do Departamento de Sistema Eletrônicos da Escola Politécnica (Poli/USP), à Agência FAPESP.

O sistema é composto por um cubo com projeção de imagens em cinco telas de 3 x 3 metros, num ambiente simulado por computadores interligados em alta velocidade. Funcionando em rede, a caverna conta com teclado, sistema de luz e som, projetores, rastreadores de posição, telas para projeção das imagens e interfaces que estimulam o som e o tato.

Como parte das atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, os interessados poderão conhecer o protótipo de 18 a 21 de outubro, na capital paulista, e participar de algumas aplicações de realidade virtual imersivas.

"Considerando o processo analítico visual da caverna, as simulações nos proporcionam a aceleração das descobertas científicas, processos mais ágeis de tomada de decisões industriais e até a criação de metodologias mais eficientes de aprendizado", explica Zuffo.

Segundo ele, a tecnologia viabiliza a criação de protótipos virtuais e a realização de pesquisas científicas para o desenvolvimento de soluções em diversas áreas do conhecimento, como medicina, engenharia, design, arquitetura, exploração petrolífera e espacial, aeronáutica, pedagogia, biologia e automobilística.

A vantagem é que as simulações na caverna têm um custo muito inferior aos protótipos reais e ainda apresentam versatilidade de alterações em qualquer fase do projeto. Na indústria automobilística, por exemplo, as maquetes digitais são utilizadas para simular batidas de grande impacto em automóveis.

"Com o túnel de vento virtual criado para os carros, é possível verificar, a partir de um mapeamento de cores, toda a distribuição mecânica ou térmica ao longo da estrutura dos veículos", explica Zuffo.

Entre as aplicações educacionais do sistema está o planetário interativo, para visualização de planetas e constelações. "Esse protótipo específico foi desenvolvido para ser portátil, de modo que pudesse ser levado para as salas de aula e ajudasse a popularizar a Caverna Digital. Com ele, os alunos têm controle sobre a navegação do espaço de maneira interativa", conta Zuffo.

Para mais informações sobre as visitas à Caverna Digital e às instalações do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI/USP), clique aqui.


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