Novo método desenvolvido por pesquisadores norte-americanos resulta nos diamantes mais duros jamais produzidos (foto: divulgação)
Novo método desenvolvido por pesquisadores norte-americanos resulta nos diamantes mais duros jamais produzidos. Outra vantagem é que os materiais, com grande importância para a indústria, foram obtidos 100 vezes mais rápido do que em outras técnicas
Novo método desenvolvido por pesquisadores norte-americanos resulta nos diamantes mais duros jamais produzidos. Outra vantagem é que os materiais, com grande importância para a indústria, foram obtidos 100 vezes mais rápido do que em outras técnicas
Novo método desenvolvido por pesquisadores norte-americanos resulta nos diamantes mais duros jamais produzidos (foto: divulgação)
Para fazer os diamantes, os pesquisadores inicialmente submeteram um cristal-base a um tratamento em alta temperatura e alta pressão, de modo a endurecê-lo. Em seguida, empregaram uma variação desenvolvida por eles do processo de deposição a vapor químico (CVD, na sigla em inglês). No processo, hidrogênio e metano foram bombardeados com partículas carregadas (plasma) em uma câmara.
O plasma induziu uma complexa reação química, que resultou em uma "chuva de carbono" sobre o cristal-base contido na câmara. Em seguida, os átomos de carbono se dispuseram na estrutura do cristal. Posteriormente, os cristais foram novamente submetidos a alta temperatura (2000º C) e pressão (5 a 7 GPA) por dez minutos.
O resultado final foi um material ultra-resistente, pelo menos 50% mais duro do que outros tipos de diamantes, de acordo com medidas feitas pelos cientistas em conjunto com o Laboratório Nacional de Los Alamos, também dos Estados Unidos.
"Acreditamos que os resultados indicam uma grande conquista. Não apenas os diamantes são tão resistentes que quebraram o equipamento utilizado para a medição como conseguimos produzi-los em menos de um dia", disse o líder da pesquisa, Chih-shiue Yan, em comunicado do Instituto Carnegie.
Com o novo método, os cientistas conseguiram obter diamantes com até 10 milímetros de diâmetro. A pesquisa, financiada pela National Science Foundation e outros órgãos do governo norte-americano, foi publicada pelo periódico Physica Status Solidi.
"Este método deverá abrir um novo campo para a produção de diamantes, utilizados em uma ampla gama de aplicações, como no desenvolvimento de novos dispositivos eletrônicos ou ferramentas de corte", disse outro dos cientistas do instituto, Russel Hemley.
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