Novo método desenvolvido por pesquisadores norte-americanos resulta nos diamantes mais duros jamais produzidos (foto: divulgação)

Rápidos e resistentes
02 de março de 2004

Novo método desenvolvido por pesquisadores norte-americanos resulta nos diamantes mais duros jamais produzidos. Outra vantagem é que os materiais, com grande importância para a indústria, foram obtidos 100 vezes mais rápido do que em outras técnicas

Rápidos e resistentes

Novo método desenvolvido por pesquisadores norte-americanos resulta nos diamantes mais duros jamais produzidos. Outra vantagem é que os materiais, com grande importância para a indústria, foram obtidos 100 vezes mais rápido do que em outras técnicas

02 de março de 2004

Novo método desenvolvido por pesquisadores norte-americanos resulta nos diamantes mais duros jamais produzidos (foto: divulgação)

 

Agência FAPESP - Diamantes são para sempre, mas alguns são mais duros do que os outros. Um grupo do Laboratório de Geofísica do Instituto Carnegie, de Washington, Estados Unidos, acaba de produzir os diamantes mais resistentes já obtidos. Mais: eles foram produzidos em uma velocidade 100 vezes maior do que a de outros métodos existentes.

Para fazer os diamantes, os pesquisadores inicialmente submeteram um cristal-base a um tratamento em alta temperatura e alta pressão, de modo a endurecê-lo. Em seguida, empregaram uma variação desenvolvida por eles do processo de deposição a vapor químico (CVD, na sigla em inglês). No processo, hidrogênio e metano foram bombardeados com partículas carregadas (plasma) em uma câmara.

O plasma induziu uma complexa reação química, que resultou em uma "chuva de carbono" sobre o cristal-base contido na câmara. Em seguida, os átomos de carbono se dispuseram na estrutura do cristal. Posteriormente, os cristais foram novamente submetidos a alta temperatura (2000º C) e pressão (5 a 7 GPA) por dez minutos.

O resultado final foi um material ultra-resistente, pelo menos 50% mais duro do que outros tipos de diamantes, de acordo com medidas feitas pelos cientistas em conjunto com o Laboratório Nacional de Los Alamos, também dos Estados Unidos.

"Acreditamos que os resultados indicam uma grande conquista. Não apenas os diamantes são tão resistentes que quebraram o equipamento utilizado para a medição como conseguimos produzi-los em menos de um dia", disse o líder da pesquisa, Chih-shiue Yan, em comunicado do Instituto Carnegie.

Com o novo método, os cientistas conseguiram obter diamantes com até 10 milímetros de diâmetro. A pesquisa, financiada pela National Science Foundation e outros órgãos do governo norte-americano, foi publicada pelo periódico Physica Status Solidi.

"Este método deverá abrir um novo campo para a produção de diamantes, utilizados em uma ampla gama de aplicações, como no desenvolvimento de novos dispositivos eletrônicos ou ferramentas de corte", disse outro dos cientistas do instituto, Russel Hemley.


  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.