Fundação Oswaldo Cruz assina acordo com empresa americana Chembio para a fabricação de testes rápidos para diagnóstico do HIV em gestantes. O acordo poderá gerar uma economia de US$ 500 mil por ano ao país
Fundação Oswaldo Cruz assina acordo com empresa americana Chembio para a fabricação de testes rápidos para diagnóstico do HIV em gestantes. O acordo poderá gerar uma economia de US$ 500 mil por ano ao país
Os testes são usados para o diagnóstico precoce da Aids em gestantes que não fizeram pré-natal. De acordo com dados do Programa Nacional de DST/Aids, das 17 mil novas gestantes a cada ano, apenas 5 mil fazem o teste de HIV.
Com a produção local dos testes rápidos, os técnicos do programa esperam aumentar a testagem nos próximos anos. Segundo Ricardo Pio Marins, diretor adjunto do Programa Nacional de DST/Aids, a fabricação dos testes rápidos é estratégica para o governo.
"Vamos expandir o número de testes rápido em locais de difíceis acesso. Ainda existem muitas mulheres que não fazem pré-natal porque moram longe no interior do país e têm grande dificuldade para chegar ao serviço de saúde", disse em comunicado da Fiocruz.
O objetivo do governo é garantir a testagem do HIV em parturientes que não tiveram a oportunidade de realizar o teste normal de Aids durante a gravidez. Se o resultado for positivo, mãe e filho serão tratados com AZT durante o parto, o que reduz em até 80% os riscos de o vírus ser transmitido para a criança. Além disso, serão adotados outros procedimentos preventivos, como a suspensão da amamentação, outra forma de transmissão do vírus.
A expansão dos testes rápidos deve diminuir o risco da transmissão materno-infantil, a principal causa de Aids em crianças menores de 13 anos. Dos 6 mil casos de Aids registrados no Brasil em crianças, 82% se deram durante a gestação.
A expectativa da diretoria da Fiocruz é que a produção nacional dos testes comece em abril e seja capaz de atender a demanda do Ministério da Saúde já no primeiro ano de fabricação. O processo será dividido em duas etapas. Inicialmente, a fundação comprará os insumos da Chembio e irá finalizar a produção no Brasil. Em seguida, a produção deverá estar totalmente nacionalizada.
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