Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz desenvolvem técnica para diagnóstico de leptospirose em menos de oito horas (foto: divulgação)
Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz desenvolvem técnica para diagnóstico de leptospirose em menos de oito horas. O método consiste em identificar, no sangue do paciente, o DNA da bactéria causadora da doença
Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz desenvolvem técnica para diagnóstico de leptospirose em menos de oito horas. O método consiste em identificar, no sangue do paciente, o DNA da bactéria causadora da doença
Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz desenvolvem técnica para diagnóstico de leptospirose em menos de oito horas (foto: divulgação)
Agência FAPESP - Um método rápido e de alta sensibilidade para diagnóstico de leptospirose acaba de ser desenvolvido no Instituto Oswaldo Cruz (IOC), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. A técnica identifica, na corrente circulatória do paciente, o DNA da bactéria causadora da doença.
O sangue é coletado no início dos sintomas da doença. O material é submetido a técnicas de amplificação in vitro capazes de separar o DNA das bactérias do gênero Leptospira dos demais componentes celulares. O método, intitulado PCR – sigla em inglês para reação em cadeia da polimerase –, já foi testado em alguns países para o diagnóstico de outras doenças, como HIV e tuberculose.
"O sangue sofre um tratamento químico específico para extrair o potencial DNA da bactéria. O diagnóstico pode ser disponibilizado em menos de oito horas", disse Geraldo Renato de Paula, coordenador dos estudos desenvolvidos no Centro Nacional de Referência para Leptospirose do IOC, à Agência FAPESP.
Uma das principais formas de identificar a doença atualmente consiste em exames sorológicos, que detectam no sangue do paciente a presença de anticorpos contra a Leptospira. O problema, segundo explica o pesquisador do IOC, é que esse teste chega a demorar semanas para oferecer resultados. A falta do diagnóstico precoce pode até levar o paciente ao óbito.
"A resposta imunológica do paciente para a produção de anticorpos pode demorar até dez dias. E o grande problema é que, em alguns casos mais graves, a evolução da leptospirose ocorre muito rapidamente e pode levar o paciente à morte", disse de Paula.
Com base nessas informações, o pesquisador propõe a utilização dos exames sorológicos como método complementar ao PCR. "O ideal é primeiramente detectar o DNA da bactéria, para confirmar o diagnóstico o quanto antes. A partir daí, o controle da infecção, por meio de terapias e tratamentos específicos, pode ser realizado de forma muito mais rápida e eficaz", afirma. De Paula calcula que cerca de 3 mil pessoas são infectadas pela leptospirose todos os anos no Brasil.
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