R$ 3 mi para prever os possíveis futuros da Amazônia
08 de julho de 2003

Objetivo da nova Rede de Geoinformação e Modelagem Ambiental da Amazônia é sair da situação de diagnóstico e mapear prognósticos do futuro da região baseados em informações do passado

R$ 3 mi para prever os possíveis futuros da Amazônia

Objetivo da nova Rede de Geoinformação e Modelagem Ambiental da Amazônia é sair da situação de diagnóstico e mapear prognósticos do futuro da região baseados em informações do passado

08 de julho de 2003

 

Como será a situação da Amazônia nos próximos 10 anos? A resposta depende das políticas públicas que forem adotadas para a região. Buscando identificar os diferentes cenários possíveis conforme os planos de governo adotados, acaba de ser criada a Rede de Geoinformação e Modelagem Ambiental da Amazônia (Geoma), uma rede de cooperação científica que irá executar projetos interdisciplinares na área de modelagem ambiental na região.

Fazem parte do projeto o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Museu Goeldi, Laboratório Nacional de Computação Gráfica e Instituto de Matemática e Pesquisa Aplicada (Impa),

"A idéia principal do Geoma é sair da situação de diagnóstico e começar a mapear prognósticos do futuro da região baseados em informações do passado, com a intenção de criar cenários de prevenção", disse Bruce Nelson, pesquisador do departamento de ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus, à Agência FAPESP. "Demonstrando a relação de causa e efeito, teremos mais argumentos para o controle da floresta, além de criarmos ações de planejamento que evitem problemas futuros."

O Geoma será estruturado em quatro áreas: uso da terra, focado na questão do desmatamento, biodiversidade, para promover o uso racional de recursos, cenários de saúde, concentrado na disseminação de doenças em toda a região e cenários demográficos, sobre os padrões de ocupação da região baseados na infra-estrutura da população e oportunidades econômicas.

Os pesquisadores do projeto, com experiência em diversos segmentos como sensoriamento remoto, geografia, saúde, sociologia, computação, meteorologia e economia, querem também desenvolver uma ampla base de dados que servirá para traçar um zoneamento econômico e ecológico da região.

O projeto, que receberá R$ 3 milhões do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), será desenvolvido com base em três critérios: auxiliar a escolha de áreas para conservação da biodiversidade; formar cientistas para os centros de pesquisa da região; e investigar a dinâmica demográfica da Amazônia.


Por Thiago Romero


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