R$ 1 milhão para o Museu Goeldi
21 de maio de 2004

Instituição paraense ligada ao MCT acaba de assinar um convênio com a Companhia Vale do Rio Doce para modernização de suas instalações, que não passam por reformas importantes desde os anos 80

R$ 1 milhão para o Museu Goeldi

Instituição paraense ligada ao MCT acaba de assinar um convênio com a Companhia Vale do Rio Doce para modernização de suas instalações, que não passam por reformas importantes desde os anos 80

21 de maio de 2004

 

Agência FAPESP - O sítio arqueológico do Projeto Sossego, em Canaã dos Carajás (PA), será o primeiro local beneficiado com um acordo fechado esta semana entre o Museu Emílio Goeldi e a Companhia Vale do Rio Doce. Pelo convênio, programado para durar cinco anos, a empresa vai investir R$ 1 milhão em projetos desenvolvidos pelo instituto ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

Nos anos 80, as investigações científicas realizadas no interior do Pará revelaram resultados importantes sobre a vida pré-colombiana. Vestígios de povos caçadores-coletores, datados de 9 mil anos atrás, foram encontrados na área. Mas também foi nessa década que ocorreu a última reforma significativa no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi, o mais antigo no Brasil.

Segundo a direção do instituto paraense, também na década de 80 os recursos investidos nas reformulações vieram da Companhia Vale do Rio Doce. Além da melhoria em infra-estrutura, as verbas do novo acordo também poderão ser usadas em programas científicos. Ações de educação ambiental também fazem parte do planejamento.

Enquanto o parque, localizado em plena zona urbana de Belém, recebe 300 mil visitantes por ano, incluindo 45 mil estudantes, os laboratórios do Goeldi são testemunhas de importantes pesquisas sobre o ambiente amazônico. Nas alamedas do parque, os turistas podem ver em plena cidade plantas e animais típicos da floresta amazônica.

Apesar do acordo, os dirigentes do museu ainda procuram por novas parcerias. Eles afirmam que o orçamento previsto para o Goeldi dentro do MCT está muito abaixo das reais necessidades do parque. Segundo Peter Toledo, diretor do instituto, apenas para a manutenção são gastos cerca de R$ 900 mil por mês.


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