Estudo derruba mito de que a mulher está mais acostumada com as dores
Estudo feito no Reino Unido indica que as mulheres não apenas reclamam mais de dor como também sofrem de episódios mais freqüentes, com maior duração e em mais áreas do corpo do que os homens
Estudo feito no Reino Unido indica que as mulheres não apenas reclamam mais de dor como também sofrem de episódios mais freqüentes, com maior duração e em mais áreas do corpo do que os homens
Estudo derruba mito de que a mulher está mais acostumada com as dores
Segundo a pesquisa liderada por Ed Keogh, da Universidade de Bath, no Reino Unido, as mulheres não apenas reclamam mais de dor durante suas vidas, como também sofrem de episódios com freqüência e duração maiores e em mais áreas do corpo do que os homens.
O estudo, que reúne diversas pesquisas feitas na instituição britânica, mostrou que há diferenças de como homens e mulheres pensam e se sentem em relação a dores. Essa constatação, segundo os pesquisadores, poderia ajudar a estabelecer tratamentos diferenciados. Por exemplo, a ansiedade pode afetar os gêneros de maneiras diversas e as estratégias empregadas para o combate da dor tem o potencial de contribuir para agravar o problema.
"Até recentemente seria altamente controverso sugerir que haveria diferenças na percepção e na experiência da dor entre os gêneros, mas isso mudou. Novos estudos têm mostrado que as mulheres experimentam um número de episódios de dor muito maior do que os homens", disse Keogh, em comunicado da universidade.
Os motivos que causariam as discrepâncias entre os sexos em relação à dor são desconhecidos. "Enquanto alguns sugerem explicações concentradas em mecanismos biológicos, como diferenças genéticas e hormonais, parece importante levar em consideração também os fatores sociais e psicológicos", afirma o cientista.
Um exemplo estaria nas diferentes estratégias para lidar com dores. Enquanto as mulheres tendem a focar os aspectos emocionais, os homens se concentram nas sensações físicas. "Nossa pesquisa mostrou que, embora essa estratégia seja eficiente para aumentar a tolerância da dor entre os homens, ela não mostrou qualquer benefício para as mulheres", disse Keogh. "Além disso, por elas concentrarem nos aspectos emocionais da dor – que são negativos –, o quadro se torna ainda mais grave."
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