As células que armazenam gordura (lado esquerdo), após 14 dias da injeção de leptina, ficaram com dimensões menores

Queima de gordura
09 de fevereiro de 2004

Cientistas europeus descobrem que injetar a proteína leptina em células adiposas pode quebrar as moléculas de gordura armazenadas. Pesquisa ratifica a importância da leptina em metabolismos de regulagem de peso

Queima de gordura

Cientistas europeus descobrem que injetar a proteína leptina em células adiposas pode quebrar as moléculas de gordura armazenadas. Pesquisa ratifica a importância da leptina em metabolismos de regulagem de peso

09 de fevereiro de 2004

As células que armazenam gordura (lado esquerdo), após 14 dias da injeção de leptina, ficaram com dimensões menores

 

Agência FAPESP - O papel da proteína leptina na regulação de metabolismos ligados à obesidade é conhecido dos cientistas, apesar de muito dos processos ainda serem obscuros.

Uma pesquisa publicada na edição de 9 de fevereiro do periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), realizada por uma equipe liderada por Lelio Orci, diretor do Departamento de Morfologia da Universidade de Genebra, na Suíça, ratifica ainda mais a importância da leptina em metabolismos de regulagem de peso.

Os pesquisadores injetaram, em camundongos predispostos a desenvolver a diabetes, um adenovírus que continha um gene responsável pela síntese da leptina. Estudos prévios haviam mostrado que a injeção da proteína em cobaias sadias teve resultados muito positivos em relação ao peso.

Os resultados foram veementes. Em sete dias, toda a gordura visível havia desaparecido do corpo dos camundongos. Entre os animais mais suscetíveis a diabetes, a queda de peso ocorreu, na média, em 14 dias. Os animais utilizados no experimento sofreram uma redução, também em média, de 280 gramas para 207 gramas. A diminuição da ingestão de alimentos ficou em 30%.

O exame microscópio das células adiposas das cobaias usadas na investigação científica revelaram informações preciosas para os pesquisadores. Além de as estruturas estarem menores, o número de mitocôndrias – grandes geradoras de energia celular – era maior do que em camundongos sadios.

Continuar no caminho desenhado até agora é a intenção dos pesquisadores, que trabalham na Suíça, para os próximos projetos de pesquisa. Se o importante papel da leptina em relação à obesidade está cada vez mais comprovado, as vias bioquímicas usadas para que os processos ocorram ainda são praticamente desconhecidas dos cientistas.


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