Primeira reunião das partes da Convenção de Estocolmo reforçou algumas propostas para a retirada dos poluentes orgânicos persistentes da face da Terra
(foto:FAO)

Quatro novos candidatos
11 de maio de 2005

Lista com 12 poluentes orgânicos persistentes está em vigor desde 2004, com a implantação da Convenção de Estocolmo. Na primeira reunião das partes, encerrada semana passada no Uruguai, mais quatro nomes surgiram

Quatro novos candidatos

Lista com 12 poluentes orgânicos persistentes está em vigor desde 2004, com a implantação da Convenção de Estocolmo. Na primeira reunião das partes, encerrada semana passada no Uruguai, mais quatro nomes surgiram

11 de maio de 2005

Primeira reunião das partes da Convenção de Estocolmo reforçou algumas propostas para a retirada dos poluentes orgânicos persistentes da face da Terra
(foto:FAO)

 

Agência FAPESP - De efetivo, a primeira reunião das partes envolvidas com a Convenção de Estocolmo, em vigor desde 2004, reforçou algumas propostas para banir da face da Terra os poluentes orgânicos persistentes (POPs) mais perigosos. Além dos 12, que fazem parte da lista em vigor, mais quatro candidatos surgiram e deverão ser inseridos até o fim de 2005.

A Noruega pediu a entrada do pirorretardante éter de pentabromodifenilo. O México quer a inserção de um conjunto de produtos químicos conhecidos como os hexaclorociclohexanos. A União Européia quer colocar na lista atual outros dois produtos químicos nocivos à saúde humana: o pesticida clodecona e o pirorretardante hexabromobifenil.

O Brasil também marcou presença na reunião encerrada sexta-feira (6/5) na cidade litorânea de Punta del Este, no Uruguai. Claudio Langone, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, apresentou uma proposta de transformar o Brasil em um Centro Regional da Convenção de Estocolmo. Essa instalação é prevista pela convenção para auxiliar na capacitação e na cooperação tecnológica entre os páises signatários do texto.

Apesar de ter ratificado a Convenção de Estocolmo, que em suma prevê o fim da produção e a eliminação gradual das 12 substâncias definidas em reuniões anteriores, tanto o Brasil como outros 151 países que aceitaram o texto – vários ainda não ratificaram suas participações –, segundo especialistas, precisam ampliar suas ações práticas para que os pesticidas possam impactar menos o ambiente e a saúde humana. Nesse sentido, a reunião do Uruguai também tomou algumas atitudes.

Um acordo foi fechado sobre a maneira de avaliar o progresso da convenção e a redução dos níveis de POPs no ambiente. Esse sistema será centralizado em Genebra, na Suíça, onde vai funcionar a secretaria da convenção. Os países que por algum motivo precisarem continuar usando certos produtos – na África o DDT é usado para o combate à malária – terão que informar aos secretários.

A lista com os 12 POPs tem nove pesticidas – aldrina, clordano, DDT, dieldrina, endrina, heptacloro, hexaclorobenzeno, mirex e toxafeno – e dois produtos químicos industriais – PCB (bifenilpoliclorado) e hexaclorobenzeno. Completa a lista o grupo de subprodutos não deliberados, como dioxinas e furanos.


  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.