Pesquisadores argentinos apresentam o mais completo fóssil de saurópode gigante, encontrado em depósitos do Lago Barreales. Tinha 35 metros de comprimento e teria vivido há mais de 125 milhões de anos
Pesquisadores argentinos apresentam o mais completo fóssil de saurópode gigante, encontrado em depósitos do Lago Barreales. Tinha 35 metros de comprimento e teria vivido há mais de 125 milhões de anos
Agência FAPESP - Ele tinha 35 metros de comprimento e só se alimentava de plantas. Era herbívoro como outros de sua espécie, os saurópodes, família dos maiores dinossauros já conhecidos, que teriam vivido entre 125 milhões e 130 milhões de anos atrás.
Essa é a descrição do saurópode gigante, encontrado em depósitos do Lago Barreales, na Argentina, por Jorge Calvo e Juan Porfiri, da Universidade Nacional del Comahue, em Neuquén. Os dados foram apresentados na sexta-feira (12/8), último dia do 2º Congresso Latino-Americano de Paleontologia de Vertebrados, realizado no Museu Nacional, no Rio de Janeiro.
"Esse pode ser considerado o mais completo saurópode gigante do mundo – apresenta 70% de material", afirmou Calvo. Foram encontrados os cervicais e os dorsais, um osso da cauda de 80 centímetros e um do quadril de 2,40 metros. Segundo Calvo, embora o fóssil seja quase completo, ainda vai levar um tempo para montar o animal.
Outra descoberta apresentada pelos pesquisadores no congresso, também proveniente da Patagônia, foi um iguanodonte de 6 metros de comprimento que teria vivido na região há aproximadamente 90 milhões de anos. "Um dos mais longos do grupo na América do Sul. Achamos as vértices cervical e dorsal, parte da cauda e a cintura pélvica quase completa", contou Porfiri.
Espécie de dinossauro herbívoro e bípede do início do período Cretáceo, o mais alto iguanodonte media em torno de 9 metros de comprimento e pesava cerca de 4,5 toneladas. "Ele tinha uma grande distribuição geográfica e acredita-se que, em seu tempo, eles eram os dinossauros mais numerosos a vagar pelo mundo. Foram encontrados ossos na Inglaterra, na Alemanha, na Espanha, na Bélgica, na China e na América do Norte", disse Porfiri.
"Uma das evidências de se tratar de um exemplar da espécie são as placas na região torácica e por debaixo da costela, característica já apresentada por fósseis de animais já descritos da mesma espécie", comentou Calvo. "A função dessas placas é, até o momento, incerta."
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