Depois de Medicina, Física e Química, Edmund Phelps, da Universidade de Colúmbia, ganha em Economia, por estudos sobre as relações entre inflação e desemprego (foto: Un.Colúmbia)

Quarto Nobel do ano vai para os EUA
10 de outubro de 2006

Depois de Medicina, Física e Química, Edmund Phelps, da Universidade de Colúmbia, ganha em Economia, por estudos sobre as relações entre inflação e desemprego

Quarto Nobel do ano vai para os EUA

Depois de Medicina, Física e Química, Edmund Phelps, da Universidade de Colúmbia, ganha em Economia, por estudos sobre as relações entre inflação e desemprego

10 de outubro de 2006

Depois de Medicina, Física e Química, Edmund Phelps, da Universidade de Colúmbia, ganha em Economia, por estudos sobre as relações entre inflação e desemprego (foto: Un.Colúmbia)

 

Agência FAPESP - Edmund Phelps, 73 anos, professor da Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, é o ganhador do Prêmio Nobel de Economia. O anúncio foi feito na segunda-feira (9/10), pela Academia Real de Ciências da Suécia.

Norte-americanos ganharam em todas as categorias do Nobel em 2006. Além do prêmio em Economia, levaram em Medicina e Fisiologia, Química e Física. O próximo a ser anunciado é o da Paz, no dia 13.

"Os trabalhos de Phelps aumentaram nossa compreensão das relações entre os efeitos de médio e de longo prazo na economia. Suas contribuições tiveram um impacto decisivo tanto na pesquisa quanto nas políticas econômicas", declarou a academia sueca em comunicado.

Baixos índices de desemprego e de inflação são objetivos centrais das políticas de estabilização. Nas décadas de 1950 e 1960, a chamada "curva Phillips" estabeleceu uma relação negativa entre inflação e desemprego. Phelps mostrou que a inflação não dependia apenas do desemprego, mas também das expectativas de empresas e trabalhadores.

"Tentei colocar as pessoas de volta ao modelo econômico, de modo a levar em consideração suas expectativas sobre o que outros atores econômicos estão fazendo no mesmo tempo e o que farão no futuro", disse o ganhador do Nobel por telefone, em entrevista coletiva.

"Phelps desafiou esse ponto de vista por meio de uma análise fundamental da determinação de salários e preços, levando em conta problemas de informação na economia. Agentes individuais têm conhecimento incompleto a respeito das ações de outros e baseiam suas decisões em expectativas. Phelps formulou a hipótese da curva do aumento das expectativas, de acordo com a qual a inflação depende tanto do desemprego quanto das expectativas de inflação", diz o comunicado.

Como consequência, a taxa de desemprego de longo prazo não é afetada apenas pela inflação, mas determinada pelo funcionamento do mercado de trabalho. Portanto, segundo verificou Phelps, políticas de estabilização apenas servem para suavizar flutuações de curto prazo no desemprego. O economista mostrou como as possibilidades de estabilização no futuro dependem das decisões tomadas no presente. Uma baixa inflação atual, por exemplo, leva a expectativas de baixa inflação no futuro, facilitando futuras decisões político-econômicas.

Os prêmios – cheque de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 3 milhões), medalha de ouro e diploma – serão entregues em 10 de dezembro, em Estocolmo, na Suécia, no aniversário da morte de Alfred Bernhard Nobel (1833-1896), o inventor da dinamite.


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