Instituto Nacional para Padrões e Tecnologia, dos EUA, analisa durabilidade de discos ópticos e cria grupo para estabelecer padrões específicos para a qualidade das mídias digitais

Quantos anos dura um CD?
18 de janeiro de 2005

Instituto Nacional para Padrões e Tecnologia, dos Estados Unidos, analisa durabilidade de discos ópticos e cria grupo para estabelecer padrões específicos para a qualidade das mídias digitais

Quantos anos dura um CD?

Instituto Nacional para Padrões e Tecnologia, dos Estados Unidos, analisa durabilidade de discos ópticos e cria grupo para estabelecer padrões específicos para a qualidade das mídias digitais

18 de janeiro de 2005

Instituto Nacional para Padrões e Tecnologia, dos EUA, analisa durabilidade de discos ópticos e cria grupo para estabelecer padrões específicos para a qualidade das mídias digitais

 

Agência FAPESP - Com a popularização dos gravadores de CD – e, mais recentemente, de DVD –, tornou-se comum colocar diversos tipos de dados em disco, sejam eles textos, fotos ou vídeos. Mais práticos, os discos digitais também são aparentemente mais seguros. Se a informação está em um deles, ela está protegida, certo? Infelizmente não é bem assim.

Será que as informações armazenadas em CD poderão ser lidas daqui a 20 ou 30 anos? Ou mesmo daqui a dez anos? A resposta, de acordo com um estudo feito por pesquisadores do Instituto Nacional para Padrões e Tecnologia (Nist), dos Estados Unidos, depende de uma série de fatores. Por exemplo, a maneira como as mídias são armazenadas ou quais foram os materiais e processos empregados em sua fabricação.

A conclusão é simples: não espere que CDs virgens comprados em camelôs e colocados sem caixa ou envelope em uma gaveta do escritório durem tanto quanto, por exemplo, o bom e velho papel.

Mas a principal dúvida para os cientistas do Nist era saber quanto tempo um CD ou um DVD irá durar, em média. Tal informação é crítica, não apenas para o usuário comum, mas para bibliotecas, universidades, hospitais, bancos, empresas e governos, que costumam armazenar toneladas de informação em discos ópticos.

Em parceria com ao Biblioteca do Congresso norte-americano, os cientistas testaram como discos feitos em diferentes processos de fabricação resistiam ao serem expostos a altas temperaturas, umidade e luz.

O primeiro resultado verificado é óbvio e conhecido por qualquer um que já tenha comprado discos de marcas obscuras: alguns CDs duram mais do que os outros. Mas os testes mostraram que mesmos os produtos das melhores marcas sofrem demasiadamente quando expostos a altas variações no ambiente.

A boa notícia foi que a pesquisa concluiu que discos ópticos, quando bem construídos e armazenados corretamente, podem armazenar dados com segurança por várias décadas. O trabalho foi publicado no Nist Journal of Research.

O passo seguinte será identificar quais são os discos mais qualificados. Para isso, a Nist, ao lado da DVD Association (DVDA) e de diversas agências norte-americanas, decidiu formar o Grupo de Trabalho pela Preservação da Informação Governamental.

O objetivo do grupo é trabalhar em conjunto com os fabricantes de discos ópticos para estabelecer padrões específicos para a qualidade das mídias. O grupo quer que os fabricantes garantam um número de anos mínimo para o armazenamento dos dados nos discos. Tal informação viria impressa na embalagem dos produtos.

Se a proposta do grupo for aceita, CDs e DVDs graváveis poderão, no futuro, serem divididos em tipos, com relação à durabilidade. Por exemplo, discos para 40 anos ou para dois séculos.

Para ler o artigo Stability Comparison of Recordable Optical Discs – A Study of Error Rates in Harsh Conditions, de O. Slattery, R. Lu, J. Zheng, F. Byers e X. Tang e ter outras informações sobre o Grupo de Trabalho pela Preservação da Informação Governamental: www.itl.nist.gov/div895/gipwg


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