Nos últimos 20 milhões de anos, a costa chilena, ao sul de Santiago, perdeu 170 quilômetros para os processos tectônicos e vulcânicos. Esse mapeamento é fruto de um estudo publicado na edição de janeiro do GSA Bulletin
Nos últimos 20 milhões de anos, a costa chilena, ao sul de Santiago, perdeu 170 quilômetros para os processos tectônicos e vulcânicos. Esse mapeamento é fruto de um estudo publicado na edição de janeiro do GSA Bulletin
Há 20 milhões de anos, a costa sul do Chile, próximo à capital Santiago, tinha pelo menos 170 km a mais de largura. Dois grandes episódios geológicos ocorridos nesse período roubaram dos chilenos boa parte da largura que o país tinha.
O estudo Episodic arc migration, crustal thickening, subduction erosion, and magmatism in the south-central Andes, assinado por Suzane Kay (Universidade de Cornell), Estanislao Godoy (Sernageomin, Chile) e Andrew Kurtz (Universidade de Boston), conseguiu detalhar com precisão, para esse gigantesco intervalo de tempo, quando exatamente aquela parte da América do Sul diminuiu.
Dois eventos diferentes contribuíram para o estreitamento do Chile. Um deles é o processo de subducção que ocorre, no sentido oeste-leste, entre as duas placas tectônicas que se encontram naquela região do mundo.
Esse fenômeno, segundo o trabalho publicado na edição do mês de janeiro do GSA Bulletin, uma das publicações editadas pela Sociedade Americana de Geologia, foi responsável pela perda de 85 km. O primeiro evento, que tirou 50 km do continente sul-americano, teria ocorrido entre 20 milhões e 16 milhões de anos atrás.
Os outros 35 km, segundo os geólogos, foram engolidos pela placa que vem do oceano Pacífico há bem menos tempo. Entre 8 milhões e 3 milhões de anos atrás. O restante da perda de terra teria ocorrido por um outro fenômeno. As forças subterrâneas, em constante disputa naquela parte do globo, causaram uma grande deformação no continente e alteraram a geografia do litoral chileno.
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