SBP-SP inaugura acervo sobre a história da psicanálise que conta com dez mil itens de Durval Bellegarde Marcondes (foto: SBP-SP)

Psicanálise ganha acervo
26 de outubro de 2004

Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo inaugura Divisão de Documentação e Pesquisa da História da Psicanálise para reunir história do setor no país. Arquivo estréia com 15 mil documentos, incluindo a obra do pioneiro Durval Bellegarde Marcondes

Psicanálise ganha acervo

Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo inaugura Divisão de Documentação e Pesquisa da História da Psicanálise para reunir história do setor no país. Arquivo estréia com 15 mil documentos, incluindo a obra do pioneiro Durval Bellegarde Marcondes

26 de outubro de 2004

SBP-SP inaugura acervo sobre a história da psicanálise que conta com dez mil itens de Durval Bellegarde Marcondes (foto: SBP-SP)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - A Divisão de Documentação e Pesquisa da História da Psicanálise, da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, foi inaugurada na sexta-feira (22/10), na capital paulista. Trata-se do primeiro acervo do Brasil sobre a história da psicanálise, que começa com 15 mil documentos.

A divisão compreende o arquivo pessoal de Durval Bellegarde Marcondes (1899-1981), fundador em 1927 da Sociedade Brasileira de Psicanálise (SBP), primeira instituição psicanalítica da América Latina. O arquivo tem cerca de dez mil itens divididos em correspondências, manuscritos, matérias extraídas de periódicos e imagens fotográficas, além da biblioteca com 1.765 unidades e uma coleção de arte e objetos pessoais.

"Uma instituição que não tem memória acaba se afastando de sua história e quem não tem história não consegue construir uma identidade", disse o coordenador geral da Divisão de Documentação e Pesquisa da História da Psicanálise da SBP, Antônio Luiz Pessanha, à Agência FAPESP. "A divisão foi criada com o propósito de reunir a história dos representantes significativos do ponto de vista da divulgação da psicanálise brasileira."

O local abrigará também o acervo dos psicanalistas Flávio Dias, Virgínia Bicudo, Judith Andreucci e Lígia Amaral, além de estar aberto para receber obras de outros nomes da história da psicanálise no Brasil. "Começamos com os primeiros integrantes da Sociedade Brasileira de Psicanálise e queremos reunir a obra e o patrimônio de todos os colegas da área", explica Pessanha.

O investimento para a criação da divisão de documentação foi de R$ 685 mil, incluídos a reforma do imóvel, aquisição de equipamentos, equipe de pesquisadores e a realização de seminários envolvendo diferentes abordagens da psicanálise. "O montante veio principalmente de doações espontâneas de pessoas físicas e jurídicas que fazem parte da SBP", disse Pessanha.

Durante a cerimônia de inauguração, o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Carlos Vogt, fez a conferência "O Sentido do Sem Sentido da Vida", além de lançar a edição especial dedicada à psicanálise da revista Ciência e Cultura, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).


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