Modelo de um caça F-16 fabricado por prototipagem rápida (foto: divulgação)

Protótipos tridimensionais
10 de junho de 2005

ITA inaugura Grupo de Prototipagem Rápida, em São José dos Campos (SP). Duas novas máquinas já foram adquiridas com apoio da Finep para a criação de protótipos que vão de escovas de dente a peças de avião

Protótipos tridimensionais

ITA inaugura Grupo de Prototipagem Rápida, em São José dos Campos (SP). Duas novas máquinas já foram adquiridas com apoio da Finep para a criação de protótipos que vão de escovas de dente a peças de avião

10 de junho de 2005

Modelo de um caça F-16 fabricado por prototipagem rápida (foto: divulgação)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) criou, nesta quinta-feira (9/6), em São José dos Campos (SP), um grupo de pesquisa destinado à fabricação de protótipos funcionais a partir de modelos computacionais em três dimensões.

O Grupo de Prototipagem Rápida, que funcionará no Centro de Competência em Manufatura (CCM), pretende contemplar as diversas fases da cadeia produtiva, auxiliando empresas desde a concepção inicial até a fabricação do produto final. "Os produtos a serem criados vão desde escovas de dente até peças de avião", disse Anderson Borille, responsável técnico pelo grupo à Agência FAPESP.

Para o início dos trabalhos, o grupo adquiriu duas máquinas de prototipagem rápida, com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A FDM Titan, destinada ao processo de modelagem por fusão e deposição, é capaz de produzir peças em polímeros de alta resistência, como o policarbonato e a polifenilsulfona.

As peças de polifenilsulfona podem ser submetidas a temperaturas de até 200°C e possui propriedades antichamas, o que as torna adequadas para utilização em aeronaves. "Devido à sua elevada resistência mecânica, a principal vantagem dos protótipos funcionais criados pela máquina FDM Titan é que eles podem ser testados em condições reais de uso. E isso proporciona maior economia de tempo e dinheiro", explica Borille.

O pesquisador conta que os métodos tradicionais de usinagem consomem muito tempo e têm custo elevado, uma vez que o processo demanda a criação de um molde de aço usinado para a fabricação dos novos protótipos. "Um molde de aço como esse nos rende milhares de peças. Porém, às vezes, para uma encomenda menor de vinte peças não é necessário produzir um molde desses padrões, e sim um produto em prototipagem rápida, que poderá ser testado na prática com a mesma eficácia", explica.

A outra máquina adquirida é dedicada ao uso do polímero ABS (P400), um termoplástico largamente utilizado na indústria automobilística e também na fabricação de produtos como artigos para celular.


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