Com a chegada do outono no Hemisfério Norte, as cores das folhas das florestas temperadas passam a ficar avermelhadas. Um estudo realizado por pesquisadores da Noruega mostra que essa transformação pode significar uma camuflagem para manter os predadores afastados
Com a chegada do outono no Hemisfério Norte, as cores das folhas das florestas temperadas passam a ficar avermelhadas. Um estudo realizado por pesquisadores da Noruega mostra que essa transformação pode significar uma camuflagem para manter os predadores afastados
Acadêmicos da Universidade de Tromso, na Noruega, obtiveram novos dados a respeito dessas mudanças de cores. Os resultados do estudo nórdico estão publicados na edição atual da Ecology Letters. O trabalho corrobora a tese de dois cientistas britânicos, ambos da Universidade de Oxford, Inglaterra.
Para o grupo, quanto mais a floresta adquire tons outonais, mais ela estará protegida do ataque de pragas de insetos. A mudança de cor, para os cientistas, é um sinal emitido pelos vegetais para os artrópodos. A mensagem é que a produção primária de energia pelas plantas, via fotossíntese, foi interrompida.
Como o suplemento alimentar das árvores, nessa fase, pode ficar seriamente comprometido se elas sofrerem um ataque de alguma praga, os vegetais usam a estratégia de mudar de cor para se tornarem menos atrativos aos seus predadores. Os novos tons servem para indicar a chegada da fase da senescência.
A partir de dados empíricos, os noruegueses conseguiram comprovar a relação entre mudança de cor e um menor número de folhas destruídas. Como essas respostas variam de espécie para espécie, e também existem várias outras teorias que tentam explicar essas alterações de cor, os próprios autores do trabalho defendem a necessidade de novos estudos para considerar real a teoria da camuflagem.
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