Foto: Stela Murgel/Unifesp
Estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) sugere o reconhecimento das propriedades terapêuticas do cipó-cravo (Tynnanthus fasciculatus) para que substância seja liberada como produto fitoterápico. Aplicada em animais, extrato da planta demonstrou efeito analgésico, além de não apresentar toxicidade
Estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) sugere o reconhecimento das propriedades terapêuticas do cipó-cravo (Tynnanthus fasciculatus) para que substância seja liberada como produto fitoterápico. Aplicada em animais, extrato da planta demonstrou efeito analgésico, além de não apresentar toxicidade
Foto: Stela Murgel/Unifesp
Usada há séculos como remédio caseiro para combater a má digestão e as dores de estômago, o cipó-cravo começou a ter suas propriedades estudadas cientificamente pois ainda não haviam estudos farmacológicos sobre esta espécie vegetal, constando apenas avaliações sobre seus componentes químicos.
Os testes in vitro mostraram que a Tynnanthus fasciculatus tem efeito antioxidante. Isso sugere que a planta pode ter componentes que inibem a ação dos radicais livres no cérebro e no restante do organismo. A toxicidade da planta foi medida por meio da administração oral de diferentes doses do extrato em camundongos, que foram observados por 14 dias. Os resultados mostraram que não houve mortes nem perda de peso em nenhum dos casos estudados.
Já os efeitos analgésicos do cipó-cravo foram avaliados por meio de dois métodos. Os camundongos que receberam doses do extrato da planta permaneceram sobre uma chapa metálica aquecida sem demonstrar incômodo em relação ao estímulo do calor. Um outro experimento mostrou que os animais que consumiram o cipó-cravo apresentaram reações inferiores à dor abdominal quando comparados aos que não haviam ingerido o extrato. O estudo verificou que, com uma dose de 500 mg/kg, já foi possível reduzir o número de contorções pela metade, o que comprovaria a ação analgésica da planta nesses animais.
Segundo a pesquisadora da Unifesp responsável pelos estudos, Rita Mattei, as próximas avaliações clínicas sobre a ação farmacológica da planta deverão ser realizadas em seres humanos para que a substância se torne reconhecida e seja liberada comercialmente como um produto fitoterápico.
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