O telescópio Soar instalado no Chile deve estar em pleno funcionamento em 2006
Pesquisadores interessados em testar as diferentes possibilidades de se fazer ciência com os instrumentos disponíveis no telescópio têm até 6 de maio para enviar propostas
Pesquisadores interessados em testar as diferentes possibilidades de se fazer ciência com os instrumentos disponíveis no telescópio têm até 6 de maio para enviar propostas
O telescópio Soar instalado no Chile deve estar em pleno funcionamento em 2006
O principal objetivo da seleção é escolher propostas que possam testar as diferentes possibilidades de se fazer ciência com os recursos atualmente disponíveis no telescópio.
Os pedidos de pesquisa deverão se restringir ao período que vai de agosto próximo a janeiro do ano que vem. Apenas em 2006 o Soar deverá atingir seu funcionamento pleno. Em 2005, enquanto o telescópio continuará disponível à comunidade por meio do Programa Ciência Inicial, duas tarefas de engenharia serão executadas: ajustes nas laterais do espelho primário e substituição dos trilhos da abertura existente na cúpula do telescópio, conhecida como trapeira.
A equipe do Soar - a coordenação da seleção das chamadas está a cargo do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) –deverá fazer um grande esforço para agendar os programas de ciência durante o período de Lua nova. É importante que na proposta estejam especificadas as condições de tempo mínimas necessárias para as observações, como cobertura de nuvens, qualidade de imagem e fase da Lua.
Durante os seis meses, três instrumentos do Soar estarão disponíveis. Poderão ser utilizados pelos pesquisadores o Imageador Óptico do Soar (SOI), o espectrógrafo e imageador infravermelho Osiris e o espectrógrafo óptico Goodman.
Localizado no Cerro Pachón, nos Andes chilenos, a uma altitude de 2.700 metros acima do nível do mar, o Soar foi projetado para produzir imagens de qualidade melhor que as de qualquer outro observatório do mundo em sua categoria.
Sua construção foi financiada por um consórcio envolvendo instituições brasileiras – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e FAPESP – e norte-americanas – National Optical Astronomy Observatory (Noao), Universidade da Carolina do Norte e Universidade do Estado de Michigan.
De acordo com as regras de formação do Consórcio Soar, o Brasil terá direito a usar o equipamento em 31% do tempo disponível. Como o Chile tem direito a 10%, por receber o Soar em seu território, as entidades norte-americanas que participam do projeto vão partilhar os outros 59% do tempo que o telescópio estiver em funcionamento. Do lado brasileiro, enquanto o CNPq investiu R$ 10 milhões no projeto, a FAPESP destinou R$ 2 milhões.
Informações adicionais sobre os equipamentos do Soar e a obtenção do formulário para a montagem das propostas podem ser obtidos no endereço eletrônico: www.lna.br
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