Depoimentos de Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, e Paulo Arruda, especialista em genética de plantas, já estão disponíveis no site Genome Workshop 20+2 (imagem: reprodução)
Depoimentos de Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, e Paulo Arruda, especialista em genética de plantas, já estão disponíveis no site Genome Workshop 20+2
Depoimentos de Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, e Paulo Arruda, especialista em genética de plantas, já estão disponíveis no site Genome Workshop 20+2
Depoimentos de Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, e Paulo Arruda, especialista em genética de plantas, já estão disponíveis no site Genome Workshop 20+2 (imagem: reprodução)
Agência FAPESP – “O Projeto Genoma FAPESP foi um marco na vida científica do Estado de São Paulo”, diz Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, que, em 2000, liderava o Laboratório de Hematologia Molecular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, um dos 33 laboratórios que integraram a rede de sequenciamento do genoma da Xylella fastidiosa.
Em depoimento em vídeo, disponível no site Genome Workshop 20+2, Zago lembra que a adesão ao projeto de sequenciamento do genoma de uma fitobactéria que afetava laranja pela equipe de um laboratório especializado em genética humana contribuiu para modernizar a metodologia de trabalho e o próprio laboratório.
“Como consequência, nosso laboratório ficou altamente equipado para fazer pesquisas da genética moderna. E, logo em seguida a isso, veio o Projeto Genoma do Câncer do qual participamos largamente, fazendo uma contribuição fundamental para a ciência mundial. E começamos a confirmar que é a alteração dos genes que provoca o câncer e desencadeia a doença.”
O site do Genome Workshop 20+2 – evento a ser realizado nos dias 21 e 22 de novembro em comemoração dos 22 anos da conclusão do sequenciamento da Xylella fastidiosa – disponibiliza, além da programação do evento, fotos e depoimentos em vídeos dos principais protagonistas do Projeto Genoma FAPESP, como José Fernando Perez, diretor científico da Fundação à época; Fernando Reinach, que, na ocasião, integrava a Coordenação de Área – Biologia; Andrew Simpson, chefe do Laboratório de Genética do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer e um dos coordenadores do projeto; e o biólogo Paulo Arruda, responsável, na época, por um dos laboratórios centrais de treinamento de pesquisadores.
Especialista em genética de plantas, Arruda lembra que, apesar de já ter experiência na área, o grande desafio foi o sequenciamento em larga escala. “Eu e Reinach não sabíamos o que seria sequenciar o genoma de um organismo inteiro e determinar todos os nucleotídeos de uma espécie”, diz.
Em seu depoimento, ele conta que, concluído o sequenciamento da X. fastidiosa, teve início o sequenciamento do genoma da cana-de-açúcar, proposto pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) à FAPESP. “Na época, foi um dos maiores e mais completos sequenciamentos de transcriptoma da cana em todo o mundo.”
Responsável pelo Centro de Pesquisa em Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas (GCCRC), financiado por FAPESP e Embrapa na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Arruda lembra a constituição das empresas Alellyx Applied Genomics, em 2002, e CanaViallis, em 2003, pelo fundo de capital de risco Votorantim Novos Negócios, que reuniu pesquisadores que tinham participado do Projeto Genoma FAPESP.
“Foi um desafio irrecusável”, afirma. As empresas atuavam na área de empresas de biotecnologia, como citros, eucalipto e cana. “Com experiência adquirida nos projetos da X. fastidiosa e do Genoma da Cana-de-Açúcar, aprendemos a descobrir genes que poderiam contribuir para a produção de uma cana com mais açúcar ou de laranja resistente à Xylella”, exemplificou. As duas empresas foram adquiridas pela Monsanto, em 2008.
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