Lançamento do CBERS-1, pelo foguete chinês Longa Marcha 4B, em 1999 (foto: Inpe)

Programa espacial de olho no futuro
17 de dezembro de 2004

Conselho da Agência Espacial Brasileira aprova as diretrizes para os próximos dez anos do programa espacial, discutidas durante o Seminário de Revisão das Atividades Espaciais

Programa espacial de olho no futuro

Conselho da Agência Espacial Brasileira aprova as diretrizes para os próximos dez anos do programa espacial, discutidas durante o Seminário de Revisão das Atividades Espaciais

17 de dezembro de 2004

Lançamento do CBERS-1, pelo foguete chinês Longa Marcha 4B, em 1999 (foto: Inpe)

 

Agência FAPESP - O conselho superior da Agência Espacial Brasileira (AEB) aprovou na quarta-feira (15/12) as recomendações e diretrizes para os próximos dez anos do programa espacial. Os pontos foram discutidos durante o Seminário de Revisão das Atividades Espaciais, realizado há 15 dias.

Segundo a AEB, como recomendação geral, todas as missões deverão, sempre que possível, agregar equipamentos para recepção de dados ambientais, em auxílio aos satélites de coleta de dados SCD-1 e SCD-2. Na área de observação da Terra, foi confirmada a inclusão, no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), dos satélites sino-brasileiros de recursos terrestres (CBERS-2B, 3 e 4), além de satélites de observação óptica (SSR) e radares.

Em relação às missões científicas e tecnológicas, serão incluídos os satélites científicos Equars e Mirax. Propôs-se também a utilização rotineira de foguetes de sondagem e balões estratosféricos como meios de promoção da pesquisa científica e do desenvolvimento tecnológico. Já a Estação Espacial Internacional (ISS) deverá ser utilizada para as pesquisas que requeiram ambiente de microgravidade ("gravidade zero") por longos períodos de tempo.

Os conselheiros da AEB acataram, ainda na parte de missões científicas, o desenvolvimento de plataformas suborbitais para utilização com foguetes de sondagem e de plataformas orbitais recuperáveis – satélites para realização de experimentos em microgravidade por até dez dias.

Foi confirmada também a necessidade de projetar e construir um novo satélite de telecomunicações e a inclusão de carga útil meteorológica em um satélite também geoestacionário, além do desenvolvimento de um satélite de órbita baixa, dentro da participação brasileira no programa internacional de Monitoramento Global da Precipitação.

Deverão ser tomadas ações para melhoria dos laboratórios da agência, bem como dos centros de lançamento de Alcântara (CLA) e da Barreira do Inferno (CLBI) e do Centro de Rastreio e Controle de satélites (CRC).

As diretrizes incluem ainda: o desenvolvimento do Veículo Lançador de Satélites (VLS-1), para missões de órbita baixa com satélites de até 350 quilos; do VLS-1B, também para órbita baixa, mas de satélites até 800 quilos; de um lançador para missões de órbita geoestacionária para satélites acima de 800 quilos; e a promoção da comercialização de meios de acesso ao espaço mediante acordos internacionais.

De acordo com a AEB, a proposta orçamentária relacionada às recomendações e diretrizes será apresentada em reunião do conselho superior da agência, em 25 de janeiro.

Mais informações: www.aeb.gov.br


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