Astrônomos concluem compilação de dados colhidos pelo telescópio espacial Hubble e descobrem, de uma só vez, 500 galáxias formadas quando o Universo tinha apenas 1 bilhão de anos
Astrônomos concluem compilação de dados colhidos pelo telescópio espacial Hubble e descobrem, de uma só vez, 500 galáxias formadas quando o Universo tinha apenas 1 bilhão de anos
A mais nova contribuição do telescópio espacial nesse sentido acaba de ser divulgada. De uma única vez, um levantamento coloca em evidência 500 galáxias jovens da infância do Universo.
As galáxias descobertas são menores do que as galáxias gigantes atuais e têm coloração tendendo ao azul, o que indica ofuscamento pelo nascimento de estrelas. As imagens aparecem vermelhas por causa da enorme distância com a Terra. A luz azul das jovens estrelas levou quase 13 bilhões de anos para chegar à Terra e, durante a viagem, deslocou-se para o vermelho por causa da expansão do espaço.
"Encontramos muitas galáxias anões, mas apenas algumas brilhantes, o que é evidência de que as galáxias foram formadas a partir de pedaços pequenos, unindo-se como previsto pela teoria hierárquica da formação das galáxias", disse Rychard Bouwens, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, nos Estados Unidos, em comunicado do Centro de Informação Hubble.
Bouwens foi o líder da compilação de galáxias na infância do Universo, que analisou dados obtidos pelo telescópio espacial da Nasa, a agência espacial norte-americana, desde 2003. Os resultados serão publicados na edição de 20 novembro do Astrophysical Journal.
Até há poucos anos, os astrônomos não tinham tecnologia disponível para caçar grandes números de galáxias distantes. A situação mudou em 2002, com a instalação no Hubble da Câmera Avançada de Pesquisas (ACS, na sigla em inglês).
Segundo outro autor do estudo, Marijn Franx, da Agência Espacial Européia, apesar de muitas, as galáxias reveladas até o momento podem servir de aperitivo para um número muito maior. Essa profusão é o que esperam os astrônomos com a ajuda do telescópio espacial James Webb, previsto para ser lançado em 2013.
"O James Webb será capaz de olhar muito mais longe, no sentido da infância do Universo, e descobrir sinais dos primeiros objetos que foram formados. Poderemos até mesmo medir a exata distância desses objetos", disse Marijn.
Mais informações: http://hubblesite.org
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