Artigo publicado na Revista de Sociologia e Política discute como os meios de comunicação em massa podem gerar atalhos na carreira política exercida no Brasil
Artigo publicado na Revista de Sociologia e Política discute como os meios de comunicação em massa podem gerar atalhos na carreira política exercida no Brasil
Segundo o autor do texto, Luís Felipe Miguel, professor do Departamento de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), os meios de comunicação ajudam outsiders a ganhar posições políticas de forma mais rápida. Segundo ele, se não houvesse o fator midiático, a ascensão seria mais lenta em geral, pois seria acompanhada apenas da experiência adquirida ao longo dos anos no campo político.
O pesquisador examinou a trajetória dos deputados federais eleitos em quatro legislaturas a partir de 1986. O objetivo foi identificar a influência e as limitações dos meios de comunicação em massa. Para isso, Miguel deu maior atenção aos deputados eleitos pela primeira vez, sem experiência eleitoral e administrativa prévia.
A mídia foi identificada pelo pesquisador como fonte provável de capital político para 14% dos amadores eleitos para as quatro legislaturas analisadas. Segundo o autor, o número provavelmente estaria subdimensionado. Além do fator quantidade, itens qualitativos também devem ser considerados quando se procura relacionar exposição na mídia e ganho de capital político.
Como discute o professor da UnB em seu artigo, a exposição da mídia que realmente alavanca pretensões eleitorais é aquela que, de alguma forma, contribui para a construção de uma persona pública apropriada.
Apesar de ser mais limitada, a mídia também tem influência em outros setores políticos segundo o artigo. É o caso da escolha de nomes para alguns dos cargos de confiança do governo. Os exemplos citados pelo autor: Pelé, ministro dos Esportes de Fernando Henrique Cardoso, e Gilberto Gil, atual ministro da Cultura.
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