Novo estudo apresentado nos Estados Unidos mostra que crianças com obesidade severa correm maiores riscos de apresentar problemas cardiovasculares e síndrome metabólica (foto: Toy Museum)

Problema crescente
03 de maio de 2005

Novo estudo apresentado nos Estados Unidos mostra que crianças com obesidade severa correm maiores riscos de apresentar problemas cardiovasculares e síndrome metabólica

Problema crescente

Novo estudo apresentado nos Estados Unidos mostra que crianças com obesidade severa correm maiores riscos de apresentar problemas cardiovasculares e síndrome metabólica

03 de maio de 2005

Novo estudo apresentado nos Estados Unidos mostra que crianças com obesidade severa correm maiores riscos de apresentar problemas cardiovasculares e síndrome metabólica (foto: Toy Museum)

 

Agência FAPESP - Crianças com obesidade severa apresentam anormalidades lipoprotéicas que aumentam os riscos de problemas cardiovasculares e de síndrome metabólica. A situação é mais grave entre crianças brancas do quem em negras.

As afirmações foram feitas na semana passada, durante a 6a Conferência Anual de Arteriosclerose, Trombose e Biologia Vascular, em Washington, nos Estados Unidos.

"Os resultados assinalam a importância urgente da prevenção de doenças cardiovasculares em crianças. Mudanças no estilo de vida, com dietas apropriadas e exercícios podem reduzir tais riscos", disse o líder do estudo apresentado, Daniel Preud’Homme, da Faculdade de Medicina da Universidade Wright.

As liproproteínas transportam o colesterol pelo corpo. O tamanho dessas partículas pode ser medido eficientemente por um exame que usa espectroscopia de ressonância magnética. Liproproteínas de alta densidade (HDL) são também chamadas de colesterol bom, pois retornam o colesterol ao fígado, onde pode ser eliminado.

As liproproteínas de baixa densidade (LDL) são conhecidas como colesterol ruim, devido à associação dessas com o entupimento de artérias e problemas vasculares. Obesidade severa (ou mórbida) é definida por um índice de massa corporal superior a 36.

A nova pesquisa foi feita com 160 crianças, 53% meninos e 47% meninas, com idade média de 12,6 anos. Do total, 67,5% foram classificados como brancos, 30% como negros e o restante como hispânicos, asiáticos e de outras minorias.

Foram encontradas diferenças entre crianças brancas e negras em relação a subclasses de lipoproteínas, com riscos cardiovasculares significantemente maiores para as primeiras. O resultado é diferente de estudos anteriores, que apontaram maior propensão a problemas cardiovasculares entre negros.

Níveis altos de lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL) foram identificados em 62% das crianças brancas, comparados com 31% entre as negras. O padrão B de LDL – perfil lipídico com um alto e incomum número de pequenas e densas partículas de LDL, que se acredita conferir ao portador um maior risco cardiovascular – foi encontrado em 45% das crianças brancas e em 19% das negras.

O estudo apontou um risco maior de problemas associados a síndrome metabólica – fatores que aumentam as chances de desenvolver doenças cardíacas, diabetes e derrames – em crianças brancas. Dessas, 53% apresentaram dois ou mais níveis lipoprotéicos associados à síndrome, em comparação com 21% das negras.


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