Representantes da comunidade científica, de órgãos governamentais e do setor produtivo reúnem-se em Brasília para discutir o Programa de Desenvolvimento Tecnológico de Combustíveis Alternativos
Representantes da comunidade científica, de órgãos governamentais e do setor produtivo reúnem-se em Brasília para discutir o Programa de Desenvolvimento Tecnológico de Combustíveis Alternativos
Segundo informações do MCT, o evento serviu como ponto de partida de uma série de discussões para o mapeamento e caracterização dos aspectos tecnológicos do biodiesel. O objetivo foi fazer uma apresentação ampla de todas as possibilidades tecnológicas de forma a motivar o debate em torno das diferentes rotas tecnológicas que podem ser seguidas pelo programa.
O grupo interministerial tem até o final do próximo mês para encaminhar um termo de referência para servir de base para a definição de uma política pública do biodiesel no país.
No primeiro dia de reunião, Oswaldo Stella Martins, do Centro Nacional de Biomassa, levantou questões como localização geográfica, infra-estrutura e tecnologias disponíveis e necessárias para o aproveitamento da alocação do óleo. José Roberto Perez, da Embrapa, ressaltou a necessidade de implementação e incremento de tecnologias para diferentes oleaginosas, desde o cultivo até o beneficiamento da máteria prima.
No debate do dia 23, Carlos Nagib Khalil, da Petrobras, apresentou a experiência da empresa na utilização da mamona, os obstáculos e soluções tecnológicas e o processo da fábrica piloto, seus estudos tecnológicos e misturas. Francisco Nigro, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), levantou aspectos tecnológicos que devem ser considerados na utilização do biodiesel obtido de diversas oleaginosas, com diferentes rotas de produção, e a apresentação de problemas e soluções.
O Programa Brasileiro de Biocombustíveis conta com apoio da Rede Brasileira de Biodiesel, que reúne mais de 200 especialistas. As experiências vêm sendo realizadas há dois anos. O MCT dirige o programa, por meio da Secretaria de Políticas de Informática e Tecnologia, em cooperação informal com os ministérios do Meio Ambiente, das Minas e Energia, da Agricultura e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Atualmente, o Brasil importa 18% do óleo diesel que consome, a um custo de US$ 1,22 bilhão (dados de 2001). Para realizar a substituição do combustível, de acordo com o MCT, seria necessária a produção de óleo vegetal em larga escala.
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