Fóssil de 10 milhões de anos encontrado no Quênia teria pertencido a uma espécie muito próxima do último ancestral comum entre humanos, chimpanzés e gorilas (foto: Pnas)
Fóssil de 10 milhões de anos encontrado no Quênia teria pertencido a uma espécie muito próxima do último ancestral comum entre humanos, chimpanzés e gorilas
Fóssil de 10 milhões de anos encontrado no Quênia teria pertencido a uma espécie muito próxima do último ancestral comum entre humanos, chimpanzés e gorilas
Fóssil de 10 milhões de anos encontrado no Quênia teria pertencido a uma espécie muito próxima do último ancestral comum entre humanos, chimpanzés e gorilas (foto: Pnas)
Segundo os paleontólogos responsáveis pelo estudo do fóssil descoberto em depósitos vulcânicos na região de Nakali, a mandíbula, com 11 dentes, teria pertencido a uma espécie muito próxima do último ancestral comum entre humanos, chimpanzés e gorilas.
A última vez que um fóssil humanóide com essa idade foi descoberto havia sido em 1982. Peças do período são tão raras que alguns cientistas propuseram que o último ancestral comum teria retornado da Europa ou da Ásia, mas o novo estudo indica que a espécie teria evoluído mesmo no continente africano.
A pesquisa foi feita por um grupo de pesquisadores do Japão, Quênia e França. Coordenada por Yutaka Kunimatsu, do Instituto de Pesquisa em Primatas da Universidade de Kyoto, terá resultados publicados esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas).
"Estudos moleculares recentes sugerem que a divergência entre humanos e chimpanzés teria ocorrido entre 7 milhões e 5 milhões de anos atrás e a divergência com gorilas de 9 milhões a 8 milhões de anos. Conseqüentemente, o Mioceno Superior (de 11 milhões a 5 milhões de anos) é o período crucial para compreender as origens dos humanos e dos grandes primatas africanos, mas, infelizmente, os registros são extremamente pobres após 13 milhões de anos", destacaram os autores.
A nova espécie, denominada Nakalipithecus nakayamai, reúne diversas semelhanças com o atual candidato a mais recente ancestral comum entre os grandes primatas, o Ouranopithecus macedoniensis, descoberto na Grécia.
Mas, de acordo com o estudo, alguns detalhes na dentição do N. nakayamai, que indicam uma dieta menos especializada do que do O. macedoniensis, colocam o fóssil agora analisado em um novo gênero.
O artigo A new Late Miocene great ape from Kenya and its implications for the origins of African great apes and humans, de Yutaka Kunimatsu e outros, pode ser lido por assinantes da Pnas em www.pnas.org.
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