Crânio encontrado na República Tcheca tem realmente 31 mil anos
(foto:Wolfgang Reichmann (2004), Naturhistorisches Museum, Viena)

Primeiros europeus modernos
19 de maio de 2005

Fragmentos de ossos encontrados na década de 1920 em cavernas da atual República Tcheca voltam a ser considerados as evidências mais antigas dos homens modernos que viveram na Europa. O artigo que desfaz a dúvida está publicado na Nature desta quinta (19/5)

Primeiros europeus modernos

Fragmentos de ossos encontrados na década de 1920 em cavernas da atual República Tcheca voltam a ser considerados as evidências mais antigas dos homens modernos que viveram na Europa. O artigo que desfaz a dúvida está publicado na Nature desta quinta (19/5)

19 de maio de 2005

Crânio encontrado na República Tcheca tem realmente 31 mil anos
(foto:Wolfgang Reichmann (2004), Naturhistorisches Museum, Viena)

 

Agência FAPESP - Uma datação por radiocarbono feita em um espectrômetro de massa parece ter colocado um ponto final na dúvida científica que havia sobre os fragmentos ósseos encontrados nos anos 1920 na atual República Tcheca. Os crânios, mandíbulas e dentes de vários humanos modernos descobertos nas cavernas de Mladec, na região da Moravia, realmente pertenciam aos primeiros homens modernos que habitaram a Europa.

Desde o ano passado, um artigo científico havia colocado em suspeita a informação que era tratada como ponto pacífico há várias décadas. Um novo estudo, realizado por Eva Wild, do Instituto Vera (Vienna Environmental Research Accelerator), e colaboradores, mostra que os ossos têm, aproximadamente, 31 mil anos. Os novos resultados estão nas páginas da revista Nature desta quinta-feira (19/5). O trabalho de 2004 também está no mesmo periódico, no volume 430.

A importância dos fragmentos serem os mais antigos é bastante grande. Ter certeza disso significa também que aqueles homens conviveram com os neandertais. Ou melhor, provavelmente tiveram que competir com eles. Essas lutas ocorreram durante o chamado Período Aurignaciano, que vai de 36 mil anos antes do presente até os 29 mil anos.

A recolocação dos ossos dos homens modernos da Moravia como os mais antigos do continente europeu serve também para ratificar a importância da região tanto do ponto de vista arqueológico como da evolução humana. Naquele lugar da Europa Central viveram os grupos que, muito provavelmente, tinham acabado de chegar da Ásia.

O artigo Direct dating of Early Upper Palaeolithic human remains from Mladec, de Eva Mild, Maria Teschler-Nicola, Walter Kutschera, Peter Steier, Erik Trinkaus e Wolfgang Wanek, pode ser lido no site da revista Nature, em www.nature.com


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