Primeiro satélite brasileiro faz 13 anos
08 de fevereiro de 2006

Lançado em 9 de fevereiro de 1993, a expectativa era que o SCD-1 durasse um ano, mas ele continua enviando dados utilizados em aplicações como previsão de tempo ou planejamento agrícola

Primeiro satélite brasileiro faz 13 anos

Lançado em 9 de fevereiro de 1993, a expectativa era que o SCD-1 durasse um ano, mas ele continua enviando dados utilizados em aplicações como previsão de tempo ou planejamento agrícola

08 de fevereiro de 2006

 

Agência FAPESP - O primeiro satélite lançado pelo Brasil completa 13 anos nesta quarta-feira (8/2). A comemoração é maior por ele ainda estar em plena operação, após completar 68.586 voltas ao redor da Terra.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Satélite de Coleta de Dados 1, ou simplesmente SCD-1, é o primeiro satélite totalmente projetado, construído, testado e operado no país.

Ao ser lançado, em 9 de fevereiro de 1993, a expectativa de vida útil era de apenas um ano, mas sua longevidade tem surpreendido a todos. Desde então foram feitas 33 correções de altitude e enviados 85.410 telecomandos, manobras realizadas pelo Centro de Controle de Satélites (CRC) do Inpe, em São José dos Campos (SP).

"Acompanhamos todos os movimentos do satélite, que tinha velocidade inicial de rotação de 120 rpm e hoje apresenta velocidade de 46 rotações por minuto (rpm). De fato, é uma surpresa que ele continue a suprir as necessidades dos usuários durante todo esse tempo", disse Pawel Rozenfeld, chefe do CRC/Inpe, em comunicado do instituto.

O lançamento do SCD-1 foi o início da operação do Sistema de Coleta de Dados Brasileiro. O sistema consiste em uma rede de satélites em órbita baixa que retransmitem a um centro de missão os dados ambientais recebidos de plataformas espalhadas pelo território nacional. Atualmente, o Sistema de Coleta de Dados é composto pelos satélites SCD-1, SCD-2 e CBERS-2, sendo que suas informações são distribuídas a diversas instituições no Brasil e no exterior.

O SCD-1 capta e retransmite os sinais das plataformas para a estação de recepção e processamento do Inpe, em Cuiabá (MT). Em seguida, os dados são transmitidos para a unidade de Cachoeira Paulista (SP), onde ficam à disposição das empresas e instituições usuárias do sistema.

Os dados coletados do espaço são utilizados em diversas aplicações, como previsão de tempo, estudos sobre correntes oceânicas, marés, química da atmosfera, planejamento agrícola ou monitoramento das bacias hidrográficas.

Mais informações: www.inpe.br


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