Primeiras células-tronco embrionárias

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Agência FAPESP* –Agência FAPESP - Um grupo de cientistas da Coréia do Sul e dos Estados Unidos anunciou a clonagem de embriões humanos, dos quais extraíram células-tronco. Os pesquisadores discutiram os resultados da pesquisa na quinta-feira (12/2), em Seattle, durante o encontro anual da Sociedade Americana para o Avanço da Ciência (AAAS). A descoberta é o principal destaque da edição da revista Science, lançada no mesmo dia. 

O estudo obteve 30 embriões (blastocistos), que foram cultivados até a extração de uma linhagem de células-tronco. Trata-se do primeiro registro publicado da clonagem de células-tronco humanas, que vinha sendo teorizada há tempos por cientistas de todo o mundo. Retiradas dos blastocistos, as células-tronco são consideradas uma das grandes promessas de pesquisa médica, por serem "células universais", ou seja, com o potencial de se transformar em qualquer tipo de célula ou tecido humano. 

O trabalho, com o título "Evidence of a Pluripotent Human Embryonic Stem Cell Line Derived From a Cloned Blastocyst", foi assinado pelos líderes da pesquisa, Wook Suk Hwang e Shin Yong Moon, da Universidade Nacional de Seul, e outros 12 cientistas sul-coreanos. Jose Cibelli, professor de biotecnologia da Universidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos, que participou da conclusão do estudo, também assina o artigo publicado na Science. 

Ciente da repercussão que o estudo provocará, o cientista sul-coreano afirma que o objetivo da pesquisa não é a clonagem humana, mas sim terepêutica, com o desenvolvimento do estudo de causas e tratamentos de doenças. "Nossa pesquisa abre a porta para o uso de células-tronco em transplantes", disse Hwang.

É o que muitos portadores de doenças como diabetes ou mal de Parkinson esperam há tempos. Ou seja, a utilização de células-tronco embrionárias que possam se tornar células ou tecidos para tratar ou curar a doença sem provocar rejeição de seu sistema imunológico. 

No artigo, o cientista da Coréia do Sul conta ter obtido os clones a partir de 242 células ovarianas doadas por 16 mulheres do país. O artigo fornece uma detalhada descrição de como criar embriões humanos por meio de clonagem. Especialistas acharam notável o nível de detalhamento do estudo. 

"É um livro de receitas. Agora temos uma metodologia que está disponível para qualquer um", disse Robert Lanza, da empresa norte-americana Advanced Cell Technology, ao jornal The New York Times. Em 2003, a empresa afirmou ter conseguido criar um embrião humano, mas o mesmo não teria crescido o suficiente para fornecer células-tronco.

Outros especialistas não são tão otimistas e apontam que, além dos aspectos éticos envolvidos, há muito a se pesquisar ainda até que se consigam métodos eficientes para a produção de células-tronco embrionárias. Apesar de histórica pelo ineditismo, a pesquisa feita na Coréia do Sul começou com 242 células ovarianas mas obteve uma única linhagem de células-tronco.

<b>Agência FAPESP</b> - Um grupo de cientistas da Coréia do Sul e dos Estados Unidos anunciou a clonagem de embriões humanos, dos quais extraíram células-tronco. Os pesquisadores discutiram os resultados da pesquisa na quinta-feira (12/2), em Seattle, durante o encontro anual da Sociedade Americana para o Avanço da Ciência (AAAS). A descoberta é o principal destaque da edição da revista <i>Science</i>, lançada no mesmo dia. 
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O estudo obteve 30 embriões (blastocistos), que foram cultivados até a extração de uma linhagem de células-tronco. Trata-se do primeiro registro publicado da clonagem de células-tronco humanas, que vinha sendo teorizada há tempos por cientistas de todo o mundo. Retiradas dos blastocistos, as células-tronco são consideradas uma das grandes promessas de pesquisa médica, por serem "células universais", ou seja, com o potencial de se transformar em qualquer tipo de célula ou tecido humano. 
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O trabalho, com o título "Evidence of a Pluripotent Human Embryonic Stem Cell Line Derived From a Cloned Blastocyst", foi assinado pelos líderes da pesquisa, Wook Suk Hwang e Shin Yong Moon, da Universidade Nacional de Seul, e outros 12 cientistas sul-coreanos. Jose Cibelli, professor de biotecnologia da Universidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos, que participou da conclusão do estudo, também assina o artigo publicado na <i>Science</i>. 
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Ciente da repercussão que o estudo provocará, o cientista sul-coreano afirma que o objetivo da pesquisa não é a clonagem humana, mas sim terepêutica, com o desenvolvimento do estudo de causas e tratamentos de doenças. "Nossa pesquisa abre a porta para o uso de células-tronco em transplantes", disse Hwang.
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É o que muitos portadores de doenças como diabetes ou mal de Parkinson esperam há tempos. Ou seja, a utilização de células-tronco embrionárias que possam se tornar células ou tecidos para tratar ou curar a doença sem provocar rejeição de seu sistema imunológico. 
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No artigo, o cientista da Coréia do Sul conta ter obtido os clones a partir de 242 células ovarianas doadas por 16 mulheres do país. O artigo fornece uma detalhada descrição de como criar embriões humanos por meio de clonagem. Especialistas acharam notável o nível de detalhamento do estudo. 
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"É um livro de receitas. Agora temos uma metodologia que está disponível para qualquer um", disse Robert Lanza, da empresa norte-americana Advanced Cell Technology, ao jornal <i>The New York Times</i>. Em 2003, a empresa afirmou ter conseguido criar um embrião humano, mas o mesmo não teria crescido o suficiente para fornecer células-tronco.
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Outros especialistas não são tão otimistas e apontam que, além dos aspectos éticos envolvidos, há muito a se pesquisar ainda até que se consigam métodos eficientes para a produção de células-tronco embrionárias. Apesar de histórica pelo ineditismo, a pesquisa feita na Coréia do Sul começou com 242 células ovarianas mas obteve uma única linhagem de células-tronco. 
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