Em reunião extraordinária anual, Marco Antonio Zago apresentou informações sobre ações, programas e metas da Fundação (imagem: reprodução)

Presidente da FAPESP reúne-se com a Comissão de CT&I da Alesp
11 de agosto de 2021

Em reunião extraordinária anual, Marco Antonio Zago apresentou informações sobre ações, programas e metas da Fundação

Presidente da FAPESP reúne-se com a Comissão de CT&I da Alesp

Em reunião extraordinária anual, Marco Antonio Zago apresentou informações sobre ações, programas e metas da Fundação

11 de agosto de 2021

Em reunião extraordinária anual, Marco Antonio Zago apresentou informações sobre ações, programas e metas da Fundação (imagem: reprodução)

 

Agência FAPESP – O presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago, participou na segunda-feira (09/08) de reunião extraordinária da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para apresentar informações sobre o andamento da gestão, desenvolvimento de ações, programas e metas da Fundação. Realizado anualmente com objetivo de prestação de contas, o encontro das Comissões da Alesp com dirigentes de órgãos do governo está previsto na Constituição Estadual.

Zago informou que, em 2020, a FAPESP destinou R$ 978,3 milhões para o financiamento de 21.233 projetos de pesquisa em todas as áreas do conhecimento. Desse total, 46% tiveram como destino projetos para o avanço do conhecimento; 23% para a formação de recursos humanos; 13% para a infraestrutura de pesquisa; 10% para o apoio à inovação em empresas de base tecnológica e startups e 7% para pesquisas em temas estratégicos, como bioenergia, mudanças climáticas, entre outros.

A maior parte dos recursos (45%) se concentra, historicamente, na área de Ciências da Vida, que inclui projetos de pesquisa relacionados à saúde, biologia, entre outros. Outros 37% são destinados a projetos nas áreas de Ciências Exatas, da Terra e Engenharias; 10,2% para pesquisas Interdisciplinares e 7,5% para as Ciências Humanas, Sociais e Artes.

“Essa proporção não é previamente determinada pela FAPESP. É o balanço do resultado da demanda e do custo dos projetos em cada área”, afirmou Zago.

Impactos da pandemia

No ano passado, a pandemia da COVID-19 impactou as atividades de pesquisas no Brasil e no exterior e teve reflexo na demanda por fomento. “Registramos queda no número de solicitações de bolsas e de Auxílios à Pesquisa no decorrer do ano”, afirmou Zago.

Também em razão da pandemia, a FAPESP teve que suspender, no ano passado, solicitações de bolsas para o exterior, ao mesmo tempo que se esforçou para “trazer de volta para casa” centenas de bolsistas que realizavam pesquisa fora do país. “A Fundação recebeu mais de 5 mil pedidos de redução ou de extensão dos prazos de conclusão de bolsas.” Em maio deste ano, estendeu por três meses os prazos das bolsas no país com vigência até 31 de dezembro de 2021. “Mas o bolsista precisa comprovar que, dentro deste período, ele conseguirá avançar, com segurança, em seu projeto de pesquisa”, salientou o presidente da FAPESP.

Paralelamente aos esforços de buscar solução para as dificuldades enfrentadas pelos bolsistas, a Fundação destinou R$ 10 milhões para editais de resposta rápida, que resultaram na seleção de 61 projetos de pesquisa relacionados a estudos do SARS-CoV-2 e da COVID-19; outros R$ 32 milhões para testes clínicos da vacina CoronaVac, realizados pelo Instituto Butantan; além de apoiar outras nove vacinas em desenvolvimento na Universidade de São Paulo (Incor-USP), no Butantan e em duas startups apoiadas pelo Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).

“A pronta resposta dos pesquisadores paulistas aos desafios da pandemia é resultado de investimentos realizados pela FAPESP há pelo menos 20 anos em investigações sobre arboviroses e na consolidação de grupos de pesquisa”, afirmou Zago.

O presidente mencionou ainda a iniciativa da FAPESP e da USP de criar um repositório de dados FAPESP COVID-19 Data Sharing/BR. Criado em junho de 2020, o repositório dá acesso aos pesquisadores a 50 milhões de dados anonimizados de 800 mil pacientes atendidos pelo Grupo Fleury e pelos hospitais das Clínicas da USP, Albert Einstein, Sírio-Libanês e Beneficência Portuguesa. “O repositório já registrou 4 mil downloads de usuários de 36 países”, disse Zago.

Pesquisa orientada à missão

Aos deputados, Zago apresentou ainda as principais linhas de pesquisa desenvolvidas por 22 Centros de Pesquisa Aplicada/Centros de Pesquisa em Engenharia (CPAs/CPEs), constituídos pela FAPESP em parceria com empresas e universidades e instituições de pesquisa paulistas, orçados em R$ 1,06 bilhão, sendo R$ 236 milhões da FAPESP.

Informou ainda que, nos próximos três anos, a Fundação investirá R$ 560 milhões em projetos de pesquisa orientada à solução de problemas específicos. Integra essa iniciativa o 2º edital “Ciência para o Desenvolvimento”, lançado em maio de 2021, e o convênio entre a FAPESP e o Sebrae, lançado em julho, no âmbito do Programa do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) (leia mais em: agencia.fapesp.br/35975/ e agencia.fapesp.br/36414/)

Participaram da reunião na Alesp os deputados Sérgio Victor, presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação; Marina Helou, vice-presidente da Comissão, Maurici, Márcio da Farmácia, Sebastião Santos, Damaris Moura, Castello Branco e Professora Bebel.

A íntegra da apresentação pode ser conferida no canal da Alesp no YouTube.

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