Pesquisa revela que 310 mil tartarugas marinhas são presas anualmente em armadilhas de pesca

Presas no anzol
10 de março de 2004

Pesquisa feita nos Estados Unidos revela que, todos os anos, mais de 300 mil tartarugas marinhas são fisgadas acidentalmente pela pesca comercial feita com armadilhas

Presas no anzol

Pesquisa feita nos Estados Unidos revela que, todos os anos, mais de 300 mil tartarugas marinhas são fisgadas acidentalmente pela pesca comercial feita com armadilhas

10 de março de 2004

Pesquisa revela que 310 mil tartarugas marinhas são presas anualmente em armadilhas de pesca

 

Agência FAPESP - Estudos feitos por cientistas da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, mostram que, todos os anos, cerca de 310 mil tartarugas marinhas são fisgadas acidentalmente pela pesca comercial feita com armadilhas em todo o mundo. Desse total, 60 mil são as chamadas tartarugas de couro e 250 mil as conhecidas pelo nome de cabeçudas.

A pesquisa, publicada na edição de março da revista Ecology Letters, é a mais abrangente já feita no gênero. Nenhum outro grupo de cientistas havia tentado obter um panorama mundial da situação desses animais.

Para chegar aos números finais, foram usados dados tabulados pela Comissão Internacional para a Conservação dos Atuns Atlânticos, pela Comissão do Oceano Índico do Atum e pelo Programa de Pesca Oceânica das Comunidades do Pacífico. Todos os anos, em todo o mundo, bilhões de longas linhas cheias de anzóis são lançados ao mar para a captura de atuns e outros peixes.

Segundo os cientistas, as tartarugas cabeçudas são as mais atingidas, por terem o hábito de morder as iscas. As de couro, menos curiosas, procuram menos as iscas, mas são capturadas pelos anzóis das linhas, fisgadas nas nadadeiras ou em outras partes.

Durante a pesquisa, assinada por Rebecca Lewison, do Laboratório de Biologia Marinha da Universidade de Duke, os dados tabulados sobre os diferentes oceanos foram comparados com avaliações demográficas das tartarugas feitas anteriormente.

Para diminuir o impacto da pesca comercial sobre as tartarugas, os pesquisadores sugerem que medidas de preservação sejam tomadas o mais rapidamente possível. Uma delas seria a troca dos tradicionais anzóis por formatos menos perigosos.

O estudo realizado nos Estados Unidos mostrou que a situação mais grave foi encontrada nas águas do Oceano Pacífico, nas regiões central e sul. Nelas, as populações de tartarugas já mostram sinais de declínio.


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