Serviço da Fiocruz divulga informações sobre os piolhos (foto: divulgação)

Preocupação que não sai da cabeça
22 de março de 2006

Fiocruz mantém serviço de atendimento para orientar a população sobre piolhos, insetos que se alimentam de sangue e vivem no couro cabeludo de 30% das crianças brasileiras

Preocupação que não sai da cabeça

Fiocruz mantém serviço de atendimento para orientar a população sobre piolhos, insetos que se alimentam de sangue e vivem no couro cabeludo de 30% das crianças brasileiras

22 de março de 2006

Serviço da Fiocruz divulga informações sobre os piolhos (foto: divulgação)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Está enganado quem pensa que a infestação por piolhos está relacionada à falta de higiene. Esses insetos podem se proliferar, por exemplo, após o banho, aproveitando o casamento para eles ideal entre umidade e alta temperatura.

Informações como essa, que ajudam a derrubar mitos sobre a infestação dos piolhos, principalmente entre crianças, estão ao alcance de todos por meio de serviços de orientação por telefone ou pela internet, criados por iniciativa de Julio Vianna Barbosa, chefe do Departamento de Biologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio de Janeiro.

Tanto pelo Disque-Piolho quanto pelo site www.piolho.fiocruz.br, o usuário pode encontrar respostas para dúvidas mais freqüentes sobre o problema.

"Pelo telefone, qualquer um pode obter orientações gerais, fornecidas pelos atendentes em linguagem simples e objetiva. O site contém mais informações de caráter acadêmico, incluindo entrevistas com especialistas e resultados de pesquisas sobre o assunto", disse Barbosa à Agência FAPESP.

Os piolhos se alimentam de sangue humano e vivem no couro cabeludo. "Trata-se de uma parasitose milenar chamada pediculose que atinge pelo menos 30% das crianças brasileiras. Mas qualquer pessoa pode ser infestada pelo piolho, independentemente da idade ou nível social", lembra Barbosa.

Os piolhos são divididos basicamente em três espécies: o da cabeça (Pediculus capitis), chamado de piolho; o do corpo (Pediculus corporis), ou muquirana; e o da região pubiana (Phthirus pubis), conhecido como chato.

A transmissão ocorre pelo vento e passa de um hospedeiro para outro pelo contato direto, o que explica a maior prevalência em crianças em idade escolar.

O pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz acredita que os trabalhos educacionais são a forma mais eficiente de esclarecer a população em relação ao tratamento. "A melhor recomendação para eliminar o piolho é passar o pente fino diariamente, principalmente durante o banho, onde o inseto é eliminado junto com a água", explica.

Pelo Disque-Piolho é possível agendar palestras em escolas de ensino fundamental e médio e obter informações sobre a capacitação de professores. O telefone é (21) 2598-4379, ramal 126.


  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.