Vanderlei Perez Canhos, do CRIA, apresenta na reunião da SBPC o projeto 'speciesLink', que disponibiliza informações de coleções biológicas do Estado de São Paulo (foto: T.Romero)

Portal da biodiversidade
22 de julho de 2004

Vanderlei Perez Canhos, do Cria, apresenta na reunião da SBPC o projeto SpeciesLink, que disponibiliza informações de coleções biológicas do Estado de São Paulo e pretende reunir estudos internacionais por meio da utilização de softwares livres e de protocolos abertos

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Vanderlei Perez Canhos, do Cria, apresenta na reunião da SBPC o projeto SpeciesLink, que disponibiliza informações de coleções biológicas do Estado de São Paulo e pretende reunir estudos internacionais por meio da utilização de softwares livres e de protocolos abertos

22 de julho de 2004

Vanderlei Perez Canhos, do CRIA, apresenta na reunião da SBPC o projeto 'speciesLink', que disponibiliza informações de coleções biológicas do Estado de São Paulo (foto: T.Romero)

 

Por Thiago Romero, de Cuiabá

Agência FAPESP - Os biólogos vivem um excelente período para o exercício da profissão, pois com o advento da bioinformática é possível ter bons resultados com poucos investimentos. Essa foi uma das conclusões do simpósio "Informática na fronteira da ciência", realizado na quarta-feira (21/7), na 56ª Reunião Anual da SBPC.

"Em um país como o Brasil, que conta com uma biodiversidade enorme e pesquisadores que freqüentemente se deparam com poucas verbas para os estudos, a bioinformática é uma área onde se pode conseguir muito investindo relativamente pouco", disse Sandro José de Souza, pesquisador sênior do Instituto Ludwig de Pesquisas sobre o Câncer, em São Paulo.

O projeto SpeciesLink, desenvolvido pelo Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria), com financiamento da FAPESP dentro do Programa Biota, foi o exemplo utilizado para ilustrar os avanços que estão revolucionando áreas como ciência da computação, matemática e biologia. O objetivo é disponibilizar na internet informações sobre a biodiversidade brasileira contida em museus, herbários e coleções microbiológicas.

O sistema integra, em tempo real, dados primários de coleções biológicas de várias regiões do Estado de São Paulo, por meio da exploração de recentes avanços na área de bancos de dados distribuídos, protocolos de comunicação, conectividade e inteligência artificial. O software reúne também dados ambientais do Sistema de Informação Ambiental do Programa Biota/FAPESP (SinBiota).

"Por envolver estudos das principais instituições de pesquisa e universidades de São Paulo, o programa reúne toda a base do conhecimento sobre a biodiversidade do Estado", disse Vanderlei Perez Canhos, diretor presidente do Cria. "Com um simples acesso à internet, o sistema permite consultas abertas a qualquer pessoa que deseja ter informações sobre as coleções biológicas de diferentes grupos de pesquisa paulistas".

Além disso, o sistema poderá integrar dados primários de coleções biológicas de São Paulo com informações sobre organismos disponíveis em coleções internacionais. "Quando o usuário lançar uma pergunta ao portal, ele terá acesso a dados de pequenas coleções em servidores regionais, além de outras coleções mais amplas", explicou Canhos.

O diretor presidente do Cria disse ainda que o mecanismo poderá integrar outras coleções de fora do Estado de São Paulo sem envolver muito custo, pois todos os programas adotados estão sendo desenvolvidos com base em softwares livres e de protocolos abertos. A idéia é que esses aplicativos possam ajudar na resolução de problemas como proteção de espécies ameaçadas, mudanças climáticas e planejamento de áreas de conservação.


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