Esculturas como a de cavalos, encontradas em sítios arqueológicos da Europa, retratam, segundo o estudo, a habilidade avançada dos H. sapiens
(Foto:Nature)
Artigo publicado na edição da revista Nature desta semana apresenta uma teoria que tenta explicar porque o Homo sapiens teve sucesso na colonização da Europa
Artigo publicado na edição da revista Nature desta semana apresenta uma teoria que tenta explicar porque o Homo sapiens teve sucesso na colonização da Europa
Esculturas como a de cavalos, encontradas em sítios arqueológicos da Europa, retratam, segundo o estudo, a habilidade avançada dos H. sapiens
(Foto:Nature)
Mas com todas essas qualidades, por que há 35 mil anos a população dos neandertais sucumbiu rapidamente? A colonização da Europa pelo Homo sapiens, que vinha da quente e agradável África, ocorreu sem sobressaltos. As razões dessa substituição são motivos de contínuos debates científicos pelo mundo.
Para tentar jogar mais luz nessa incógnita, o pesquisador Paul Mellars, do Departamento de Arqueologia da Universidade de Cambridge, reuniu várias evidências obtidas nos últimos anos e publicou um artigo, que saiu na edição desta semana da revista Nature.
A tese central defendida pelo pesquisador é que o Homo sapiens teve mais sucesso em sua empreitada por causa da sua inteligência, da sua linguagem e de seu comportamento. "É presumível imaginar que essas características, que se mostraram mais avançadas em relação aos neandertais, são responsáveis pela fundação do desenvolvimento cultural e civilizatório na Europa e em todos os lugares do mundo" afirmou Mellars em comunicado da Universidade de Cambridge.
Uma das evidências relatadas pelo cientista britânico em seu artigo Neanderthals and the modern human colonization of Europe, na Nature, são as descobertas arqueológicas recentes encontradas na África. Todas elas sugerem que o H. sapiens, entre 80 mil anos e 100 mil anos atrás, já tinha capacidade de produzir arte abstrata, objetos decorativos e ferramentas com ossos bastante elaboradas.
Essas peças, segundo Mellars, são ilustrativas e mostram bem que aqueles artistas já tinham padrões comportamentais e de linguagem mais avançados. O artigo também discute evidências genéticas descobertas nos últimos anos entre as duas populações que brigaram pela permanência em solo europeu. Os H. sapiens, também nesse ponto, tiveram mais vantagens que os neandertais.
Para ler o artigo na Nature, clique aqui.
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