Estudo na Espanha mostra que mesmo em baixos níveis alguns contaminantes do ar influenciam as taxas de mortalidade (foto: WorldRevolution)

Poluição afeta a saúde em cidades menores
09 de setembro de 2004

Estudo realizado na cidade de Pamplona, na Espanha, mostra que mesmo em baixos níveis alguns contaminantes do ar, como as partículas em suspensão, influenciam as taxas de mortalidade na cidade

Poluição afeta a saúde em cidades menores

Estudo realizado na cidade de Pamplona, na Espanha, mostra que mesmo em baixos níveis alguns contaminantes do ar, como as partículas em suspensão, influenciam as taxas de mortalidade na cidade

09 de setembro de 2004

Estudo na Espanha mostra que mesmo em baixos níveis alguns contaminantes do ar influenciam as taxas de mortalidade (foto: WorldRevolution)

 

Agência FAPESP - O extenso trabalho de pesquisa da cientista Rosa María Alás Brun analisou o comportamento dos cinco contaminantes do ar mais representativos encontrados na atmosfera da cidade de Pamplona, em Navarra, na Espanha, de 1991 a 1999.

Os índices das partículas em suspensão, do dióxido de enxofre, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e também de ozônio, foram cruzados com as taxas de mortalidade da cidade. A pesquisa analisou principalmente a relação que poderia existir entre o ar contaminado e o agravamento de casos em que a pessoa já tinha algum problema cardíaco ou respiratório.

Os resultados das análises estatísticas mostraram que, mesmo que seja ainda pequena, a poluição, principalmente as partículas em suspensão, teve interferência sobre as mortes. Segundo a pesquisadora da Universidade Pública de Navarra, os dados mostraram que dias antes das mortes ocorrerem os níveis de contaminação na cidade estavam acima do normal.

Apesar de as partículas em suspensão – substâncias lançadas no ar pela combustão incompleta do carbono e de hidrocarbonos – serem a principal vilã, todos os outros contaminantes também tiveram uma pequena interferência no agravamento da saúde da população de Pamplona no período estudado.

Para Rosa Maria, essa relação agora revelada na cidade, que tem aproximadamente 190 mil habitantes, é importante por dois motivos. Primeiro, segundo a pesquisadora, ela serve para que se possa discutir melhor os índices considerados ideais de contaminação para cidades de menor porte e, segundo, para que mais estudos dentro dessas condições sejam feitos. Em nenhum momento, durante o período estudado, as contaminações do ar em Pamplona ultrapassaram os limites estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde.


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