Obra lançada nesta terça (1/6) em Belém, pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, defende a presença estatal na região Norte como fundamental para que a derrubada da floresta possa ser controlada. O livro propõe estratégias para ir além das emergências crônicas
Obra lançada nesta terça (1/6) em Belém, pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, defende a presença estatal na região Norte como fundamental para que a derrubada da floresta possa ser controlada. O livro propõe estratégias para ir além das emergências crônicas
As formas de se conseguir essas parcerias, além de um diagnóstico bastante amplo da região, são as grandes atrações do livro Desmatamento na Amazônia: indo além da emergência crônica, lançado nesta terça-feira (1/6), em Belém (PA). O evento ocorreu na sede do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), instituição que editou a obra.
Assinado por sete pesquisadores de instituições brasileiras e estrangeiras, o livro mostra diversas análises cronológicas. Em uma delas, fica claro a relação direta que existe entre a curva do produto interno bruto e o desmatamento. Segundo os pesquisadores, se a primeira curva caiu nos últimos anos, a segunda está longe de sofrer um revés. E isso se deve, principalmente, ao aumento das exportações.
No contexto de uma estratégia para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, explicam os autores, é importante diferenciar o desmatamento legal do ilegal. Além disso, em termos de vilões para a floresta, a conversão da floresta em pastagem tem sido a principal causa do desmatamento. As agriculturas familiar e mecanizada também tiveram contribuições significativas para a derrubada da floresta.
O caos fundiário que se estabeleceu na região é outro obstáculo para que o desenvolvimento sustentável efetivo possar ser feito na Amazônia. Com os sempre presentes conflitos sociais na região é impossível que se possa organizar o uso do solo. O recém-lançado Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia, feito pelo Governo Federal, foi considerado um passo importante.
Apesar de defenderem ações de longo prazo, os autores não desconsideram a necessidade de intervenções imediatas em regiões onde "as fronteiras do desmatamento estão em fase de expansão explosiva". Isso ocorre, por exemplo, em Castelo de Sonhos, Novo Progresso e Moraes de Almeida, todas cidades situadas ao longo do eixo de desenvolvimento Cuiabá-Santarém.
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