Andreimar Martins Soares, da Unaerp, ganhou Prêmio José Pedro de Araujo pelo estudo de substâncias, contidas em plantas, capazes de inibir a ação do veneno de serpentes (foto: divulgação)

Plantas antiofídicas
05 de novembro de 2004

Pesquisa vinculada ao Programa Jovens Pesquisadores, da FAPESP, ganha o Prêmio José Pedro de Araujo 2004. Andreimar Martins Soares, da Unaerp, leva primeiro lugar pelo estudo de substâncias, contidas em plantas, capazes de inibir a ação do veneno de serpentes

Plantas antiofídicas

Pesquisa vinculada ao Programa Jovens Pesquisadores, da FAPESP, ganha o Prêmio José Pedro de Araujo 2004. Andreimar Martins Soares, da Unaerp, leva primeiro lugar pelo estudo de substâncias, contidas em plantas, capazes de inibir a ação do veneno de serpentes

05 de novembro de 2004

Andreimar Martins Soares, da Unaerp, ganhou Prêmio José Pedro de Araujo pelo estudo de substâncias, contidas em plantas, capazes de inibir a ação do veneno de serpentes (foto: divulgação)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - O professor da Unidade de Biotecnologia da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), Andreimar Martins Soares, ganhou o Prêmio José Pedro de Araujo de 2004. O segundo e o terceiro lugares, que ganharão menções de honra ao mérito, ficaram com estudos feitos na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu.

O objetivo da premiação, que concederá R$ 15 mil a Soares, é homenagear estudos de excelência sobre o aproveitamento farmacológico da flora brasileira. "Pretendo dividir metade do prêmio entre os nove alunos que participaram da pesquisa, sendo que a outra parte será investida em experimentos de laboratório", revelou Soares à Agência FAPESP.

O estudo liderado pelo cientista, intitulado "Plantas medicinais antiofídicas: as drogas do futuro como tratamento alternativo e complementar à soroterapia tradicional", distinguiu-se entre os 29 apresentados à comissão julgadora da competição. A solenidade de entrega do prêmio ocorrerá em Ribeirão Preto em data ainda a ser definida.

A pesquisa, que está vinculada ao Programa Jovens Pesquisadores da FAPESP, verificou as propriedades antiofídicas de plantas medicinais por meio do isolamento e caracterização de substâncias capazes de inibir a ação dos venenos de serpentes.

Foram realizados ensaios in vivo e in vitro após incubação de venenos de oito serpentes dos gêneros Bothrops e Crotalus com dez diferentes extratos de plantas e inibidores isolados. "Os testes de inibição das atividades enzimáticas, farmacológicas e tóxicas dos venenos comprovaram a eficiência dos extratos de diferentes partes dessas plantas", disse o pesquisador.

"Conseguimos comprovar que a flora brasileira possui uma ampla variedade de plantas medicinais com potencial antiofídico que podem ser utilizadas no futuro como drogas de interesse médico-científico", disse Soares. Segundo o estudo, as espécies vegetais estudadas demonstraram eficiência antiofídica frente aos diferentes venenos e toxinas isoladas como, por exemplo, fosfolipases A2, metaloproteases, miotoxinas, neurotoxinas e L-aminoácido oxidases.

Concorreram ao Prêmio José Pedro de Araujo estudos agronômicos, botânicos, químicos, farmacodinâmicos e clínicos que conduzam à comprovação da ação terapêutica de preparações obtidas de plantas medicinais.


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