Pistas genéticas
03 de dezembro de 2003

Uerj, com apoio da Faperj, inaugura em janeiro o primeiro centro nacional ligado ao Programa Fênix, da Espanha, que utiliza amostras de DNA para localizar pessoas desaparecidas

Pistas genéticas

Uerj, com apoio da Faperj, inaugura em janeiro o primeiro centro nacional ligado ao Programa Fênix, da Espanha, que utiliza amostras de DNA para localizar pessoas desaparecidas

03 de dezembro de 2003

 

Agência FAPESP - A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), com o apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), irá inaugurar em janeiro o primeiro centro nacional ligado ao Programa Fênix, que utiliza amostras de DNA para localizar pessoas desaparecidas. Criado por cientistas da Universidade de Granada, na Espanha, o programa permitiu o reconhecimento de 42 ossadas no país.

Segundo notícia divulgada pela Faperj, o programa baseia-se na criação e no cruzamento de dois bancos de dados genéticos: um com amostras de DNA de familiares de desaparecidos e outro com informações coletadas a partir de restos mortais de pessoas não identificadas.

Em janeiro, o Laboratório de Diagnóstico por DNA da Uerj, que tem apoio da fundação fluminense, começará a cadastrar familiares de desaparecidos e a catalogar suas amostras de DNA para futuras comparações com ossadas não-identificadas.

O anúncio do novo centro foi feito durante o II Simpósio Internacional de Identificação Humana por DNA, realizado no final de novembro no Rio de Janeiro. De acordo com os organizadores, os bancos de dados de diversos países poderão ser cruzados no futuro, aumentando as chances de se obter resultados positivos.

José Lorente Acosta, do Laboratório de Identificação Genética da Universidade de Granada, na Espanha, contou no evento que, até julho deste ano, mais de 1,8 mil famílias entraram em contato com o Programa Fênix e 591 solicitaram análises. Foram coletadas 876 amostras, 430 cadáveres foram exumados e 290 já foram analisados. Destes, 42 tiveram identificação positiva e puderam ser enterrados com seus próprios nomes. Além da Espanha, o programa já funciona na Califórnia e no Texas, nos Estados Unidos.


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