Diálogo sobre Apoio à Pesquisa para Inovação na Pequena Empresa tira dúvidas de quem pretende submeter projetos ao programa da FAPESP. Próximo será em São Paulo no dia 12 de dezembro (foto: Sergio Queiroz / FAPESP)

PIPE realiza novos encontros para interessados em participar do programa
07 de dezembro de 2018

Diálogo sobre Apoio à Pesquisa para Inovação na Pequena Empresa tira dúvidas de quem pretende submeter projetos ao programa da FAPESP. Próximo será em São Paulo no dia 12 de dezembro

PIPE realiza novos encontros para interessados em participar do programa

Diálogo sobre Apoio à Pesquisa para Inovação na Pequena Empresa tira dúvidas de quem pretende submeter projetos ao programa da FAPESP. Próximo será em São Paulo no dia 12 de dezembro

07 de dezembro de 2018

Diálogo sobre Apoio à Pesquisa para Inovação na Pequena Empresa tira dúvidas de quem pretende submeter projetos ao programa da FAPESP. Próximo será em São Paulo no dia 12 de dezembro (foto: Sergio Queiroz / FAPESP)

 

Marcos de Oliveira  |  Agência FAPESP –  A penúltima edição do ano do encontro Diálogo sobre Apoio à Pesquisa para Inovação na Pequena Empresa foi realizada em Ribeirão Preto, em 28 de novembro. A próxima será em São Paulo no dia 12 de dezembro na sede da FAPESP, das 8h30 às 12 horas. 

Com a edição de dezembro, esses encontros, que servem para esclarecimentos de dúvidas sobre o programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), somarão em 2018 quatro eventos em São Paulo ao longo do ano e mais cinco no interior: São José do Rio Preto, Marília, São José dos Campos, Araraquara e Ribeirão Preto. 

“A perspectiva é que no próximo ano ocorram mais quatro em São Paulo e entre quatro ou cinco no interior. O primeiro, ainda sem local definido, deve ser na última quarta-feira de fevereiro”, disse Sérgio Robles Reis de Queiroz, membro da coordenação adjunta de Pesquisa para Inovação da FAPESP que apresenta grande parte dos Diálogos sobre o PIPE.  

A plateia nos eventos é composta por pesquisadores de universidades ou profissionais que pretendem iniciar uma empresa para desenvolver e produzir algo inovador ou aqueles empreendedores que já têm um projeto PIPE e querem submeter outros projetos e ainda têm dúvidas. Depois de explicado o funcionamento e as regras do PIPE, é aberta uma sessão de perguntas. 

As perguntas giram em torno do projeto que os interessados pretendem realizar abordando aspectos de propriedade intelectual, o local para fazer a pesquisa e quais as condições para um funcionário ou colaborador da empresa ser o coordenador do projeto e receber Bolsa de Pequena Empresa (PE) e de Treinamento Técnico (TT), também da FAPESP. 

Segundo Queiroz, também surgem indagações sobre se é necessário a empresa ou alguém que trabalha no projeto ter algum vínculo com uma universidade ou instituto de pesquisa. Muitas dessas questões e outras também estão respondidas no site do PIPE (www.fapesp.br/pipe). 

No evento em Ribeirão Preto, que contou com uma plateia de 61 pessoas, uma novidade foi trazida por um dos parceiros da FAPESP nos eventos Diálogos, a Desenvolve SP – Agência de Desenvolvimento Paulista, que anunciou uma linha de financiamento com juro zero para projetos de inovação tecnológica. 

“Para serem elegíveis a esse financiamento as empresas precisam ter finalizado um projeto PIPE. A Desenvolve SP considera que o critério de inovação tecnológica do PIPE está atendido como primeiro requisito. A estimativa é que 192 empresas estejam aptas a apresentar seus projetos de pesquisa e desenvolvimento ou de produção da inovação, que poderão ser financiados em até 100% com juro zero”, disse Queiroz.  

“A Desenvolve SP e o Senai [Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial] são parceiros bons para esses eventos porque eles oferecem produtos complementares ao PIPE”, disse.  

A Desenvolve SP oferece financiamento para a fase de produção em empréstimos reembolsáveis, agora com uma linha de juro zero. O Senai apresenta nesses eventos o Edital de Inovação, que é a possibilidade de as empresas industriais brasileiras de vários portes participarem de parcerias com o Senai e o Serviço Social da Indústria (Sesi) na execução do projeto. A parceria é com uma unidade do Sesi ou Senai que vai administrar o valor aprovado pelo projeto. O financiamento não é repassado à empresa. 

“Forma-se uma cadeia de inovação com o PIPE que financia a pesquisa para a concretização de uma ideia até chegar ao que seria o protótipo. Depois, o empreendedor precisará começar uma linha de produção quando, provavelmente, precisará de empréstimo. Aí podem entrar o Senai, a Desenvolve SP e a Finep [Financiadora de Inovação e Pesquisa]”, disse Queiroz. 

Para percorrer o caminho da inovação não basta apenas a pesquisa, é preciso outro item que muito empreendedor esquece que é o marketing para inovação, que pode ser obtido via financiamento que a Desenvolve SP e a Finep são capazes de fornecer. 

“Muitos daqueles que têm projetos PIPE acham que a barreira técnica é a grande barreira a ultrapassar e que quando o produto estiver pronto vai vender muito. Muitos não têm noção de que precisam correr atrás dos possíveis clientes e conhecer bem os canais de distribuição”, disse Queiroz. 

Os Diálogos sobre Apoio à Pesquisa para Inovação na Pequena Empresa no interior também têm apoio do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), que cede os auditórios e a infraestrutura para os eventos. Em São Paulo, a parceria é com o Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi). 

Em 2017, a FAPESP destinou R$ 71,9 milhões para auxílios e bolsas vigentes e aprovou 269 novos projetos de auxílio à pesquisa do PIPE. O programa apoia a execução de pesquisa científica e/ou tecnológica em pequenas empresas sediadas no Estado de São Paulo com até 250 empregados. Os projetos são executados por pesquisadores com vínculo empregatício com a empresa ou a ela associados para a sua realização.

Os projetos são realizados em duas fases. A primeira, com duração de até nove meses, é de demonstração da viabilidade tecnológica da ideia inicial. Tanto pode ser um produto como um processo. Nessa etapa, os recursos disponíveis são de até R$ 200 mil. A segunda fase é a de desenvolvimento do produto ou processo e tem duração de no máximo 24 meses, com até R$ 1 milhão em valores não reembolsáveis.

Mais informações sobre o PIPE: www.fapesp.br/pipe.

 

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